«As mulheres e os homens não se deviam casar, porque o amor é como as estações - vai e vem.»Agora vocês estão a perguntar-se quem diabos é Yang Erche Namu ou, até, se Yang Erche Namu é do sexo masculino, feminino, ou outra coisa qualquer... Será um/@ filósofx?
- Yang Erche Namu
Pois, lamento desapontar, mas não. Yang Erche Namu é uma mulher da tribo Mosuo. Quem seguir o link verá que os seus conceitos de relações são bastante diferentes. Nesta tribo, os homens são convidados pelas mulheres a passar uns momentos (ou umas noites, mas normalmente sem ficarem lá a dormir) com elas. Eles não têm uma palavra para casamento, usam a expressão sese, que pode ser traduzida por "andar" ou "em andamento"; também não têm palavra para "marido" ou "esposa" - usam azhu, que significa "amigx".
Isto não quer dizer que eles têm um arranjo social melhor ou pior do que o nosso. Quer apenas dizer que, sim, existem diferentes formas de viver. Existem sociedades matriarcais, existem sociedades onde o amor não se vive da mesma forma, existem sociedades onde as relações não têm os elementos de pompa e circunstância a que aqui nos habituamos e que transformamos em verdadeiro fetish. Uma coisa é certa: no meio de toda esta exuberância ridícula e desprezível, sem dúvida que a ligeireza e simplicidade dos Mosuo se torna ainda mais interessante para mim.
De onde tirei eu isto tudo? Do fantástico Sex at Dawn, que aconselho toda a gente a ler. Se acharam que o Mito da Monogamia era bom, este consegue ser bem melhor ainda.