sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vem aí mais um ano!

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Passou-se mais um ano, e todxs xs participantes deste blog desejam a todxs xs leitorxs um grande 2011! Vai haver mais PolyPortugal para o ano, prometemos!

Cá eu, vou passar o reveillon com xs minhxs companheirxs, e mais amigxs. E o resto, como se costuma dizer, é conversa!


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A defesa - confirmada!

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Será mesmo no dia 12 de Janeiro, às 15h, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Torre B, Anfiteatro 1, 1º andar.

Deixo aqui, para quem estiver indecisx sobre se vai assistir ou não, o abstract / resumo.
Esta tese tem como objectivo principal determinar se os utilizadores da mailing list alt.polyamory, ao verterem as suas experiências pessoais em texto, estão ou não a incidir em práticas queer de questionamento da normativização monogâmica e heterocêntrica,

sábado, 18 de dezembro de 2010

Just Out

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Fotografia: Daniel Cardoso

Para quê dar a cara? Para quê dar a voz? Para quê dizer: sou lésbica? Para quê dizer: este homem, aqui, é o meu companheiro? Para quê falar daquelxs que nos oprimem? Para quê um feminismo, uma luta, um grito? Para quê, pergunto eu, fazer da minha vida uma forma de política? Porquê é que, pergunto eu, andarmos xs três de mão dada na rua me parece a mim mais do que andarmos xs três de mão dada na rua? Porquê dizer: sou poly? Não sei quando decidi fazer da minha vida, das minhas escolhas, das minhas relações, das minhas opções académicas e profissionais, das minhas opções de amizade e amor, não sei quando decidi fazer disto a minha bandeira, a minha cruzada. E todos os dias encontro respostas para estas perguntas. Quando oiço citar uma lésbica de 24 anos que diz ter o cuidado de não demonstrar comportamentos afectuosos para com a sua companheira em locais públicos quando há famílias com crianças, de forma a não chocar as crianças. Quando vejo que um par de namorados se coíbe de dar as mãos na rua. Quando sei que gays, lésbicas e bissexuais se afastam propositadamente dos locais onde moram e onde trabalham para viver a sua relação. Quando conheço relações de vários anos ocultas sob a capa da amizade. Quando sei que pessoas vivem toda a sua vida sem nunca dizer a verdade. Eu sou gay. Eu sou poly. Eu sou trans-queer-lés, whatever. Eu sou. Ser deveria ser quanto baste. E quando não temos mais nada, isso tem que ser a nossa força.

Inês

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pensar para a frente

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O poliamor é algo que se pode considerar recente. Apesar de livros como o Polyamory in the 21st century fazerem uma genealogia de variadas práticas de não-monogamia responsável que datam de bastante antes da invenção da palavra 'poliamor', a verdade é que o poliamor não é apenas uma nova palavra engraçadinha para algo que já existia há muito tempo atrás. E apesar de se ver o poliamor como uma série de práticas diferenciadas entre si (sendo que as práticas mais contrastantes poderão ser a de uma relação efectivamente 'aberta' e uma relação em regime de polifidelidade), também é verdade que há exclusões e medos a serem levados a cabo. Isso leva algumas pessoas a pensar no que estará para além do poliamor, a sentirem-se constrangidos pelas limitações de algumas visões sobre o que é o poliamor.

Uma dessas limitações poderá ser, efectivamente, um certo receio em abordar a questão do sexo. Esse receio vem, claramente, de um medo bem-intencionado.
Se aceitarmos que o poliamor tem influências claramente feministas, se aceitarmos que o poliamor é feito, pensado e (às vezes) vivido tendo em conta preocupações com a questão da igualdade de género, então será relativamente fácil de entender como isto se verte numa preocupação com uma visão machista, patriarcal, que procura transmutar o poliamor numa mera busca por sexo (em que manipulação, mentiras e objectificação entram como personagens principais). Desde o princípio do conceito que há uma procura por afastar do poliamor a discussão sobre o sexo e o comportamento sexual. E eu concordo, claramente, que o comportamento sexual está longe de ser a faceta mais importante do poliamor - por outro lado, a preocupação quase obsessiva com o falar sobre sentimentos e em cima disso tentar afastar tudo o resto já me parece extremamente interessante!

Não sei se considerar o poliamor passé é a melhor forma de abordar a questão. Creio que ainda há um potencial muito grande de evolução para ser feito. Isso não nos impede de pensar para a frente. Mas pensar para a frente também não será trazer de volta ou centralizar o discurso sobre sexo. Antes, pensar em frente deve ser pensar de forma inclusiva. Não serve de muito procurarmos ou reivindicarmos uma postura inclusiva do geral da sociedade se depois nos afastamos dessa postura quando tomamos a palavra. Há uma série de discursos que podem formar sinergias fundamentais com o poliamor: o discurso queer, o discurso feminista, o discurso étnico, o discurso económico-político pós-capitalista, o discurso do safer sex. Temos que adicionar a esta lista o discurso da promiscuidade. Temos que entender que linhas de entendimento permitem a liberdade de comportamento sexual responsável a par de uma ou mais relações amorosas. Temos que entender que os lugares dentro dos quais circunscrevemos o sexo são arbitrários, mutáveis, e podem ser encarados de formas diferentes (diferentes da maioria, diferentes da minoria, diferentes de ambas as coisas). E, já agora, que definir sexo pode ser mais complicado do que parece...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Boas notícias

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É provisória ainda a data, mas deverei defender a minha tese, sobre Poliamor, no dia 12 de Janeiro. Marquem nas agendas!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Festival de Poliamor

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Este fim-de-semana vou andar por Madrid metida nestas andanças:

Sexta, 10.dez.2010
- Conversa sobre Poliamor
- Projecção do filme "Wilde Side
- Conversa aberta com o grupo PoliamorMadrid
Sábado, 11.dez.2010
- Workshop de Pansexualidade e Poliamor
- Workshop Poli-lúdico: Dinâmicas dentro das relações
- Workshop de Poli-Tango
Domingo, 12.dez.2010
- Workshop Poli-lúdico: Os ciúmes
- Conversa com advogada sobre os aspectos legais relacionados com o Poliamor
- Grande festa de Poliamor

Depois conto como foi...