quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Um Ano de Poliamor

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Há 3 dias, eu e o meu companheiro fizemos um ano de namoro.
Hm, um ano não é grande coisa, né? Passa a correr. Ainda para mais se estou a trabalhar e os dias passam mais depressa do que consigo processar. A maioria dos casais que conheço tem mais de um ano de namoro, neste momento. Um ano é average, o checkpoint por onde passa qualquer relação "séria". Certo? Já tive outras relações que chegaram a esse marco.

Com um detalhe: pela primeira vez, nós não somos um casal. Estamos numa relação não-monogâmica ética que funciona com o consentimento de todas as pessoas afectadas. E por ser a minha primeira relação fora da conformação mononormativa, este aniversário não é um qualquer.

Um ano de poliamor. O primeiro aniversário da minha primeira relação poliamorosa.

E dizer isto por si só não chega.
Não é apenas o mesmo que dizer "fiz um ano de namoro, só que além de nós podemos estar/estamos com outras pessoas". Poliamor não é sinónimo de "muitxs namoradxs". A forma de estar no poli, como em qualquer outra relação, muda de pessoa para pessoa. E o impacto que descobrir esta orientação relacional teve em mim foi também único, e poucas pessoas o compreendem (conto pelos dedos de uma mão as que conheço e sei que passaram por algo semelhante).

Toda a minha vida fui confrontada com situações em que me sentia atraída, interessada ou até mesmo apaixonada por mais do que uma pessoa em simultâneo. Inclusive quando tinha namorado. Claro está que nunca falei disto a ninguém. Não é propriamente fácil, se considerarmos que estou inserida numa sociedade heteromononormativa e a mínima menção de desconforto com o facto de estar com alguém sem saber muito bem porquê era um gatilho para um chorrilho de julgamentos tais como "isso não é amar a sério", "tu fartas-te muito facilmente das pessoas" ou "isso é normal, é só uma fase, depois passa".

Sabes qual é a sensação de passares mais de dez anos da tua vida convencidx de que algo em ti não funciona bem e deves estar estragadx/ter um problema fisiológico/psicológico, só porque não te identificas com aquilo que te é vendido como "amor verdadeiro"? Sabes qual é a sensação de duvidares da tua própria capacidade de amar porque a forma como o fazes não é "normal"? E sabes qual é a sensação de teres noção de que não és normal, mas como não tens nome para aquilo que estás a sentir e mais ninguém à tua volta o sente ou partilha contigo não sabes como falar disso? Tudo porque não tens um nome, uma palavra, para chamar ao sentimento/situação. Tudo porque não conheces os nomes das coisas que são constantemente apagadas e invisibilizadas, tidas como aberrantes, anti-naturais e, em alguns casos, criminosas.

O meu actual companheiro foi a primeira pessoa a tirar-me esse peso dos ombros, a aliviar-me essa asfixia. Com essa pessoa, pude exclamar "Ah! Existe um nome para o que estou a sentir! Não sou a única!" - não me interpretes mal, no entanto. A primeira vez que vi a palavra poliamor, não sabia nada sobre o assunto e achei que era uma parvoíce que nunca poderia resultar - sabes qual é a sensação de estares tão convencidx de que se não sentes como é suposto sentir tens de te obrigar a sentir até conseguires ser normal? Sim, estava em auto-negação. Eu era a pessoa mais ciumenta que conhecia (qualquer ex-namorado meu pode confirmar as minhas crises de ciúmes).
Quer isto dizer que as minhas relações anteriores foram uma farsa? Wow, calminha lá. Longe disso. Precisamente por gostar tanto das pessoas com quem estava e achar que a ideia de namoro convencional como a única forma de namoro sério estava certa, sentia-me horrível por começar a gostar de mais alguém ao mesmo tempo e não aguentava continuar nessa relação.
Era excruciante estar com uma pessoa, gostar dela e de outra ao mesmo tempo, e não poder partilhar isso com ninguém porque... não era "suposto" isso acontecer. Era também excruciante não perceber o que se passava comigo, não perceber porque é que eu funcionava de outra maneira.

Até que um dia comecei a falar com ele, e pela primeira vez me foi dito que não existe uma forma correcta de amar. Não há uma check list de elementos que têm de existir naquilo que sentes para se poder chamar amor ou amizade, tal como uma relação íntima não se distingue nem se limita apenas por ter uma componente romântica associada a uma componente sexual. E por tudo isto, eu não estava "estragada" nem a "funcionar mal" - simplesmente não me identificava com a monogamia.
Tal como não há nada de errado com alguém que nunca se apaixonou, ou com alguém que ama a mesma pessoa há 30 anos e nunca se apaixonou por mais ninguém, ou mesmo com quem nem sequer tem interesse em ter relações íntimas nem sexuais nem românticas. Ninguém tem o direito de me dizer que o que estou a sentir está errado ou tem este ou aquele nome porque ninguém melhor do que eu própria sabe o que sinto.

E depois de me começar a conhecer melhor e aceitar-me a mim mesma como sou, coisas extraordinárias começaram a acontecer. Era como se tivesse esfregado dos olhos uma névoa teimosa e as coisas começassem aos poucos a ficar mais definidas e claras. Para chegar onde estou neste momento, passei por muitos momentos de dúvida, de auto-questionamento, de frustração, de sofrimento, de mudança, de adaptabilidade, de descoberta. Acho piada quando dizem "just be yourself" quando eu, para poder ser eu mesma, tive de mudar. Ainda estou nesse processo, ainda sou um rebento verde - e mais pequena me sinto quando penso nas relações poliamorosas que existem há décadas, com pessoas que trabalham arduamente para a visibilidade desta conformação relacional. E, ainda assim, é fantástico conhecer-me melhor do que nunca, e descobrir que consigo sentir compersão pelas companheiras do meu companheiro. Não vim dar numa de proselitista e pregar como o poliamor é superior às outras formas de relação - mas numa relação monogâmica nunca teria a oportunidade de fazer amizades com punaluas. E é aqui que, para mim, o poli diverge da descrição de uma simples relação romântica mas com várias pessoas - todas as pessoas que fazem parte da constelação da qual também sou parte têm relações diferentes umas com as outras. O que o meu companheiro tem comigo tem uma dinâmica diferente da que tem com outra companheira, assim como a minha relação com cada uma delas é diferente, da mesma forma que a maneira como elas se relacionam entre si é única de pessoa para pessoa. Para além disto, todxs lutamos para equilibrar diferenças de poder. Todos comunicamos e buscamos o consentimento de todos - e aqui entram estratégias de comunicação mais complicadas, porque não é fácil conciliar consentimento, com comunicação, com os limites de toda a gente. Aprendi não só a falar mais, mas melhor. Aprendi a distinguir os momentos em que é preciso comunicar dos momentos em que é preciso dar espaço. E continuo a aprender.

Para mim, ser poliamorosa não é apenas poder amar mais pessoas. É também poder amar de mais maneiras diferentes. É ter o poder de conhecer os meus próprios limites e dá-los a conhecer sem recear ser julgada, porque todas as partes envolvidas sabem que toda a gente tem necessidades diferentes. É respeitar e sentir-me respeitada, aceite, compreendida e amada de uma forma que nunca senti antes. É poder ter uma postura com que me identifico realmente sem ter medo de ser reprimida outra vez. É poder falar sem ter medo de ser silenciada. É poder sentir-me livre - porque para mim ser livre é poder escolher.

É, além de algo intrínseco, a minha escolha.

Um ano de ser mais eu. Um ano de ser mais feliz. Um ano de fazer aquilo que escolhi fazer.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

"Tanto Para Conversar" e Poliamor

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No dia 24/11/2014, passou na RTP2 um episódio do programa "Tanto Para Conversar" que juntou Júlio Machado Vaz e Gabriela Moita, dois dos maiores nomes da sexologia em Portugal, e Daniel Cardoso, do PolyPortugal, a conversar sobre poliamor e não-monogamias consensuais.

Vejam o vídeo aqui, comentem e divulguem!

domingo, 23 de novembro de 2014

Tertúlia sobre poliamor na Mouraria já online!

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A quem não pôde estar ontem na Mouraria, a assistir e participar na tertúlia sobre poliamor, fica aqui o registo áudio!



Todos os comentários são bem-vindos!


O link para o ficheiro áudio está aqui, basta fazer click direito e 'Guardar como...'

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #20 Unicórnio

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Tertúlia pública sobre poliamor em Lisboa

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Pois é, no próximo dia 22 de Novembro, a convite da Associação Cultural Dinamiza Mouraria, duas pessoas do PolyPortugal vão estar em mais um evento das Tardes Comunitárias Mouraria!

O evento vai começar às 16:00, e será no Largo do Terreirinho.

Mais informações através do evento do Facebook, que também pode usar para espalhar a novidade e convidar mais pessoas!

Apareçam!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #10 - Mais Miminhos

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Descrição da Imagem: O comic é composto por quatro quadros. Kimchi tem cabelo curto castanho claro e veste um vestido azul e leggings com riscas horizontais rosa e azuis. Vajra tem cabelo curto preto, barba e veste uma camisola cinzento claro e calças pretas.

1º quadro: Kimchi e Vajra estão abraçados. Kimchi está a chorar.

Kimchi: - Tenho saudades deles! Que hei-de fazer?

2º quadro: Kimchi e Vajra estão abraçados. Kimchi está a chorar.

Kimchi: TU não tens saudades deles? Não estás TRISTE?

3º quadro: Vajra está com uma expressão serena e Kimchi parece confuso. Há um coração cor de rosa perto do rosto de Vajra.

Vajra: Bem, eu estou a recordar e a apreciar o tempo que passámos com eles.

4º quadro: Vajra está a sorrir e Kimchi parece estar a aperceber-se de algo.

Kimchi: - HEY... eu também! Quer dizer, acho que a tristeza é só uma forma dde apreciar o passado, mas com mais miminhos.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

"Esquadrão do Amor" fala sobre Poliamor, no Canal Q

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Nesta passada segunda-feira, a Fátima Marques, do PolyPortugal, esteve a participar no programa "Esquadrão do Amor", do Canal Q, a explicar e falar sobre poliamor!

Vejam o clip de promoção aqui.


Fica aqui também uma secção do programa sobre o tema, com cerca de seis minutos. Assistam e digam-nos o que pensam!

sábado, 11 de outubro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #9 - Mais Amor?

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"Poliamor" reconhecida como palavra oficial

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Pois é, 2014 é o ano em que a palavra "poliamor" deu entrada em vários dicionários online de prestígio.

O Dicionário Priberam define "poliamor" como sendo
Relacionamento de cariz romântico e sexual que se estabelece simultaneamente entre vários parceiros, com conhecimento e consentimento de todos os envolvidos (ex.: o poliamor não deve ser confundido com a poligamia).
Contempla também o adjectivo "poliamoroso".


Descobrimos esta entrada, muito recente, porque a Infopédia fez de "poliamor" a sua palavra do dia!





Como imaginam, é um marco simbólico que ficará para a história do activismo em favor do poliamor e das não-monogamias consensuais em Portugal - quantas vezes já ouvimos que, se não está no dicionário, então é porque não existe! Este é o reconhecimento oficial de que a Língua é algo vivo, que muda e acompanha as vidas das pessoas; que o reconhecimento público e o trazer para o espaço político a visibilidade para as alternativas para além da mono-normatividade tem, de facto, impacto!


Parabéns a todas as pessoas que contribuíram para isto, parabéns a todas as pessoas que, a partir de agora, poderão simplesmente ir ao dicionário ver o que é o poliamor.

sábado, 4 de outubro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #7 - Coisas Interessantes

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Descrição da Imagem: O comic é composto por quatro quadros. Kimchi tem cabelo curto ruivo e veste um vestido amarelo de mangas três quartos. Baxter tem cabelo curto ruivo, usa óculos e está vestido com uma t-shirt azul claro, uma gravata de laço vermelha e calças pretas.
1º quadro: Kimchi e Baxter estão de mãos dadas, quase abraçados, e têm um coração vermelho entre eles. Olham-se com uma expressão de encantamento, com um sorriso "parvo" nos lábios.
Kimchi: - Uau isto é tão fantástico!
Baxter: - Tão fantástico!
2º quadro: Kimchi e Baxter continuam a olhar-se da mesma forma, ainda com o coração entre eles.
Kimchi: - Sinto-me tão ligada a ti! Como se soubessemos o que o outro vai...
Baxter: - comer!
Kimchi: - Err... eu estava a pensar em "dizer"...
Baxter: - Isso também!
3º quadro: Kimchi e Baxter continuam a olhar-se da mesma forma, ainda com o coração entre eles.
Kimchi: - Não consigo imaginar este amor a acabar!
Baxter: - Sim! Eu sei que vai durar para sempre e sempre e sempre e...
4º quadro: Kimchi e Baxter estão a olhar em direções opostas, o coração vermelho desapareceu. Kimchi parece estar a ver algo que chama sua atenção e Baxter acena um adeus.
Baxter: - Ok, já me fartei.
Kimchi: - Olha ali uma coisa tão interessante...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #6 - Confiança Agressiva

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Descrição da Imagem: O comic é composto por quatro quadros. Kimchi tem cabelo curto loiro e está vestida com uma camisola de gola alta azul acinzentado. Vajra tem cabelo curto preto, barba na zona do queixo e veste uma camisola azul.

1º quadro: Kimchi e Vajra estão a conversar. Kimchi tem uma expressão triste e está de braços cruzados. Vajra tem um ar otimista.

Vajra: - Sei que estás triste por termos acabado com o Baxter e a Soliloquy, mas isso também trouxe algumas grandes mudanças...

2º quadro: Kimchi e Vajra continuam a conversar.

Vajra: - Tens feito muito mais exercício - estás com uma ar tão saudável, mais enérgica!

3º quadro: Kimchi parece estar a aperceber-se de algo.

Vajra: - E tens andado a meditar muito mais - pareces tão em paz quando não te estás a focar em…

4º quadro: Kimchi está a sorrir, com uma expressão confiante, enquanto aponta para si. Vajra leva a mão ao rosto com um ar exasperado.

Kimchi: - Sim! Eles vão mesmo arrepender-se de terem perdido ISTO TUDO!

sábado, 27 de setembro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #5 - Visitas Inconvenientes

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Descrição da Imagem: O comic é composto por quatro quadros, o cenário de todos é a entrada de uma casa. Kimchi tem cabelo curto loiro e está vestida com um robe cor de laranja, amarrado com uma fita cor de rosa e pantufas da mesma cor. A Pessoa Religiosa tem cabelo curto castanho, com uma laço cor de rosa claro no cimo da cabeça, veste um vestido até aos pés de mangas compridas da mesma cor que o laço e traz nas mãos um livro preto com uma cruz amarela na capa, presumivelmente uma bíblia. Soliloquy tem cabelo comprido roxo e veste calças azul acinzentado e uma camisola azul claro.

1º quadro: Pessoa Religiosa está muito sorridente. Kimchi, com cara de sono, segura uma caneca com uma bebida quente, presumivelmente chá ou café.

Pessoa Religiosa: - Bom dia! Já ouviu a BOA NOVA?

2º quadro: Kimchi, já sem a caneca na mão, coloca uma das mãos na cintura e leva a outra ao rosto, a fazer uma expressão de interesse e a piscar um olho. Pessoa Religiosa agarra-se à bíblia, parece estar a dar um passo para trás e tem uma expressão clara de desconforto.

Kimchi: - Olá! Você até que é gira. Mulheres sexualmente reprimidas são o meu fetiche secreto…

Pessoa Religiosa: - Er… Hum… Tenho de ir…

3º quadro: Vê-se a Pessoa Religiosa a sair apressadamente. Kimchi está com uma expressão de satisfação e com os braços cruzados. Soliloquy aparece em cena com um ar de descontentamento.

Soliloquy: - Por que é que tens sempre de te meter com estas pessoas?

4º quadro: Kimchi, que aparenta estar chateada, e Soliloquy, que ainda aparenta estar descontente, estão a conversar.

Kimchi: - Hey! Eu gosto de gajos judeus místicos tanto como qualquer outra rapariga… Mas quando estas pessoas me tentam enfiar o Deus delas pela garganta abaixo mal me conhecem, sinto-me ofendida. Quer dizer, pelo menos paguem-me um copo antes!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #4 - Rapazes a curtirem é excitante

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Descrição da Imagem: O comic é composto por quatro quadros. Sherman tem cabelo curto loiro, usa óculos e está vestido com uma camisola de gola alta azul acinzentada. Baxter tem cabelo curto ruivo, usa óculos e está vestido com uma t-shirt verde e um gravata de laço vermelha. Kimchi tem cabelo curto loiro e está vestida com uma camisola de gola alta azul clara.
1º quadro: Sherman e Baxter estão a conversar.
Sherman: - Não tinha noção que tínhamos tanta coisa em comum. Quer dizer, para além de andarmos com a Kimchi.
2º quadro: Kimchi aparece sorrateiramente.
Baxter: - Sim! Estou mesmo a adorar passar tempo contigo.
3º quadro: Sherman e Baxter parecem surpresos com o que Kimchi está a dizer.
Kimchi: - Mas vocês estão à espera de quê para se começarem a comer?
4º quadro: Sherman e Baxter estão com um ar zangado e de braços cruzados. Kimchi esboça um sorriso sem graça.
Kimchi: - Por favor?

sábado, 20 de setembro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #3 - Namorada Lapa

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Descrição da Imagem: O comic é composto por dois quadros, ambos com duas pessoas que aparentam ser do género feminino. Pessoa A tem cabelo preto e liso, está vestida com uma camisola bordeaux e calças pretas. Pessoa B tem cabelo curto e loiro, está vestida com um vestido verde de mangas três quartos e leggings com riscas horizontais amarelas e pretas.

1º quadro: Pessoa B está no colo da Pessoa A e tem os braços em volta do seu pescoço.
Pessoa A: - Olha, uhm… posso ter só um bocadinho de espaço?
Pessoa B: Porquê?

2º quadro: Pessoa A está a gesticular e Pessoa B está a chorar.
Pessoa A: - A sério, só assim uns centímetros?
Pessoa B: - AAHH, REJEIÇÃO!!!!!

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #2 - Encontros Poly

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Descrição da Imagem: O comic é composto por quatro quadros, todos retratam um ambiente de socialização que aparenta ser um bar.

1º quadro: Pessoa A, que aparenta ser do género feminino, tem cabelo curto loiro e está vestida com um vestido verde de mangas três quartos e leggings com riscas horizontais amarelas e cor de rosa. Pessoa B, que aparenta ser do género masculino, tem cabelo curto preto e espetado, barbicha e está vestida com calças acinzentadas e t-shirt vermelha. Pessoa B toma uma bebida enquanto se aproxima da Pessoa A, que tem os braços no ar.

Pessoa A: - Estes encontros poly estão cheio de swingers.

2º quadro: Pessoa B esboça um sorriso e já não tem o copo na mão.
Pessoa A: - Onde posso encontrar pessoas poly interessadas em ligações emocionais profundas?

3º quadro:
Pessoa B: - EU estou interessado em ter uma ligação profunda contigo.
Pessoa A: - A sério?

4º quadro: Pessoa B tem os braços cruzados e um sorriso maroto. Pessoa A tem uma das mãos na cintura e outra na testa, tem uma expressão de irritação.
Pessoa B: - Claro que sim, linda! Na tua casa ou na minha?

sábado, 13 de setembro de 2014

Kimchi Cuddles em Português: #1 - Problemas Poliamorosos

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Descrição da imagem: O comic tem quatro quadros. Duas pessoas, que aparentam ser do género feminino, estão sentadas em uma mesa redonda castanha a beber alguma bebida quente (café ou chá, presumivelmente) de canecas. Uma das pessoas tem cabelo curto cor de rosa e veste uma t-shirt da mesma cor (abaixo chamada de Pessoa A). A outra pessoa tem cabelo castanho avermelhado, preso em dois totós, um de cada lado, e veste um top cor de laranja (abaixo chamada de Pessoa B).

1º quadro
Pessoa A: - As pessoas acham que o que é difícil no poliamor são os CIÚMES…

2º quadro
Pessoa A: - Mas na verdade é o facto de nunca ter tempo para estar SOZINHX…

3º quadro
Pessoa A: - E o planeamento infinito, e andar sempre…

4º quadro
Pessoa A: - (...) a PROCESSAR TUDO
Pessoa B: - É de loucos, pá. Quer dizer, para mim até uma relação com UMA só pessoa já é uma loucura.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Espaços públicos e normatividade afectiva

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Ainda no rescaldo (lento) da reportagem que saiu na SIC Notícias sobre poliamor, e no rescaldo das reacções tidas a essa mesma reportagem, sinto que devo assinalar uma crítica feita repetidamente - tanto por pessoas bem-intencionadas como por mal-intencionadas - à reportagem ou, mais precisamente, ao que foi feito na reportagem.

Ao que parece, uma das cenas mais absolutamente horríveis a passar na reportagem foi o facto de eu ter dado um beijo na boca (à "passarinho", como se costuma dizer, lábios nos lábios, curto e rápido) a uma das minhas companheiras e, no momento seguinte, ter feito o mesmo a outra das minhas companheiras.

Deixem isto assentar: numa reportagem sobre poliamor, foi perturbante para muita gente ver um gesto discreto e pacífico de amor.

Isto na mesma sociedade onde ver televisão - seja a que hora for - é quase certamente ver beijos de casais hetero-mono. Isto na mesma sociedade onde sair à rua é ver, quase certamente, expressões de afecto de casais hetero-mono. Isto na mesma sociedade que tem como líderes de audiência reality shows.

Mais, esta crítica vem não apenas da já gasta ala conservadora direitista, mas também (e mais preocupantemente) da ala progressista, de luta dos direitos humanos, de luta por igualdade.

Que igualdade é esta? Que igualdade é esta em que a ocupação do espaço público é particionada de acordo com a orientação sexual e com a orientação relacional? Que igualdade é esta em que um gesto considerado perfeitamente natural numa família monogâmica leva como epítetos "exibicionismo" e "taradice", numa família poliamorosa?

Exibicionismo - exibição - armário. A legitimidade das práticas existe, na cabeça de muita gente, desde que seja dentro do armário. Desde que não se façam cócegas à sensibilidade hetero-mono-normativa vigente. Quando isso sucede, torna-se então válido atacar as pessoas que pretendem mostrar práticas interpessoais diferentes. A moral vigente retorna, mais alargada (vai na volta até se tolera isto nas pessoas não-hetero, desde que com cuidado) mas não menos moralista, não menos policiadora.

Achar que uma demonstração de afecto tão simples quanto um beijo nos lábios entre três pessoas é ofensivo ou desrespeitador para quem está a ver é contribuir activamente para a discriminação contra sexualidades e afectos alternativos, dos vários tipos.

Não, não são as pessoas poliamorosas que são exibicionistas ou taradas. Não existe sexualidade mais exibicionista, sexualidade mais 'perversa', do que a sexualidade hetero-mono-normativa, que se infunde - ou procura infundir-se - em tudo.

[Um agradecimento ao Paulo Jorge Vieira por, há uns tempos, me ter ajudado a pensar estas questões.]

terça-feira, 22 de julho de 2014

Carta Aberta à ERC, Ordem dos Médicos, Associação CASA e canal MVM

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SUBSCREVA ESTA CARTA ABERTA SEGUINDO ESTE LINK.


Considerando...
Que Manuel Damas se apresentou, no passado dia 16/07/2014, no seu programa “Sexualidades, Afectos e Máscaras”, nº. 31, transmitido no canal MVM, das 21:30 às 22:30, enquanto médico e enquanto sexólogo e que, a partir dessa posição, o mesmo fez afirmações que a) não apresentam sustentação científica ou são contra o state of the art científico que lhes diz respeito, b) são redutoras e patologizantes de uma minoria, aproximando-se do discurso de ódio, c) envolveram o apelo à auto-mutilação e, potencialmente, ao suicídio, contra os códigos deontológicos vigentes, tanto médico como para a Comunicação Social; apresentamos abaixo uma descrição detalhada dos eventos perante os quais vimos apresentar queixa pública:
  • Afirmou, à revelia do Manual para os Mídia sobre Prevenção do Suicídio publicado pela Organização Mundial de Saúde, à revelia do Código Deontológico da Ordem dos Médicos Portuguesa (no seu artigo 57º), e à revelia do Protocolo de Cooperação celebrado no presente mês entre a Entidade Reguladora para a Comunicação Social e o Plano Nacional para a Saúde Mental, Manuel Damas apresentou como alternativa a estar numa relação poliamorosa, “vamos cortar os pulsos, como nos filmes [...], cortar na longitudinal”, acompanhando esta afirmação de mimética de auto-mutilação e tentativa de suicídio;
  • Afirmou que o poliamor é um caso de “prostituição emocional” e que se trata de “prostituir os afectos”, empregando assim termos relativos ao trabalho sexual como insulto ou comparação pejorativa, que vão contra o trabalho feito na área do trabalho sexual realizado pela Associação CASA, da qual é Presidente da Direcção;
  • Afirmou, contra a investigação de ponta feita na área, que é impossível amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo;
  • Afirmou que as relações poliamorosas se baseiam todas, inevitavelmente, na exploração psico-emocional de pessoas com problemas clínicos de auto-estima e de dependência afectiva;
  • Afirmou que as relações poliamorosas são comparáveis a seitas religiosas radicais norte-americanas;
  • Afirmou que o facto de o número de poliamorosos auto-identificados ser relativamente pequeno (sendo que o número apresentado não corresponde sequer à realidade) era algo importante “para a estabilidade interna da população portuguesa”, já que o poliamor “faz mal à população”;
  • Afirmou que as pessoas poliamorosas são, pelo mero facto de estarem em relações poliamorosas, criminosas;
  • Afirmou que pessoas do sexo e género feminino que estejam em relações poliamorosas são “servas”, fazem parte de um “harém”, e que o facto de nelas estarem levanta dúvidas sobre se estão “no perfeito juízo e na posse das capacidades de análise”;
  • Afirmou que “a poligamia é mais decente” ao mesmo tempo que se afirmou um “verdadeiro defensor da igualdade de género”;
  • Afirmou que “não contribui para este peditório”, referindo-se a considerar, profissionalmente, o poliamor como algo válido e passível de fornecer experiências tão saudáveis quanto uma relação monogâmica, mas foi Padrinho da Marcha do Orgulho LGBT do Porto de 2009 (em que o grupo PolyPortugal fez parte da Comissão Organizadora), cujo Manifesto aborda explicitamente a existência de “relacionamentos amorosos responsáveis entre mais de duas pessoas”, demonstrando assim que ele já esteve, noutra ocasião, em movimentos que apoiam relações poliamorosas;

Vimos por este meio...
Exigir que as várias instituições directa ou indirectamente envolvidas na ocorrência ajam de acordo com os seus princípios e, acima disso, com o que se encontra legalmente e deontologicamente estipulado a nível nacional e internacional.
Para esse fim, vimos por este meio formalmente apresentar queixa e requerer:
  • Que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social averigue as ocorrências relatadas, intervindo em conformidade com as suas próprias directivas junto do canal MVM;
  • Que a Ordem dos Médicos averigue as ocorrências relatadas, intervindo em conformidade com as suas próprias directivas, junto do seu membro, Manuel Damas;
  • Que a Associação CASA, envolvida na produção do dito programa, se posicione publicamente face ao sucedido;
  • Que a Associação CASA, face ao exposto acima, apresente um pedido público de desculpas aos vários grupos e colectivos afectados;
  • Que a Associação CASA afaste o seu Presidente da Direcção, Manuel Damas, por crassa violação dos objectivos da mesma Associação, nomeadamente da “Universalidade do Direito à Felicidade” e da “vivência em plenitude dos Afectos, sem tabus nem estereótipos”;
  • Que o canal MVM, face ao exposto acima, apresente um pedido público de desculpas aos vários grupos e colectivos afectados;
  • Que o canal MVM garanta aos vários grupos e colectivos afectados, nomeadamente mas não limitado ao grupo PolyPortugal, o exercício do Direito de Resposta, tal como se encontra previsto na Lei de Imprensa;
  • Que o canal MVM se comprometa a emitir em condições semelhantes uma entrevista ou série de entrevistas a profissionais com a devida qualificação para apresentar diferentes visões, cientificamente fundamentadas, do tema.

As organizações signatárias
PolyPortugal
Poliamor - BA (Bahia - Brasil)
PortugalGay.pt
PortoGay
AEESMAE

SUBSCREVA ESTA CARTA ABERTA SEGUINDO ESTE LINK.

domingo, 22 de junho de 2014

PolyPortugal na 15ª Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa

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O grupo PolyPortugal, enquanto parte da Comissão Organizadora da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, discursou no fim da Marcha. Fica aqui o discurso, para ser partilhado!


sábado, 14 de junho de 2014

sexta-feira, 30 de maio de 2014

O meu namorado e a namorada do meu namorado fazem 10 anos juntos

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Este é um texto sobre amor. Ainda assim, é capaz de ser um texto raro, daqueles que poucas vezes foram escritos antes. Pode-se falar do amor dos pais, do amor do casal amigo com 50 anos de casados, dos amores de verão, dos amores perdidos, dos amores desfeitos, dos amores tidos e deixados, até do amor do casal gay que finalmente ao fim de muitos anos se pode casar. Não se fala tanto dos amores partilhados, dos amores que não são nossos e ao mesmo tempo estão ligados a nós de uma maneira única. Dos amores a que assistimos na primeira fila, mas daqueles que nos transportam para a tela. Que têm algo a ver connosco.

Não há guião para escrever um texto como este.

Este texto não é sobre mim. É sobre o meu companheiro e a companheira dele que hoje celebram 10 anos de relação. Eu não posso contar a história deles. Essa, é deles para contar. Posso sim, contar uma outra história, aquela que vem através dos meus olhos e das minhas palavras.

A história começou muito antes de mim, já lá estava quando cheguei. Era uma história de diferença, de descoberta, de salvação, de dor e de encontro. Assemelha-se, nestes aspectos, a muitas. Em tudo o resto é diferente. 

Aprendi com eles muito do que entendo hoje por amor e companheirismo. Eles ensinaram-me que a família também é escolha. Que o lar são as pessoas que lá estão. Que é possível encontrar sanidade e segurança na loucura acompanhada. Que podemos namorar o nosso melhor amigo. Que podemos saber que ele não é nem nunca será tudo para nós e sabermos que é assim que deve ser. Que é possível ir buscar carinho do fundo da dor. Que a paciência quase infinita existe. Que mesmo depois de uma discussão se pode ir fazer o jantar para a pessoa com quem discutimos. Que há momentos em que devemos deixar o silêncio soar e outros em que é imperativo que falemos. Que quem amamos é livre. Que a liberdade é uma enorme responsabilidade. Que é possível tentar fazer o melhor para quatro ou cinco pessoas ao mesmo. Que é possível tentar mais uma vez. Que mesmo quando parece o fim, há mais fôlego ainda. Que as pessoas mudam. Que as regras que fazemos mudam connosco. Que a vida não é água estagnada mas um rio em movimento, correndo.

Não é simples explicar que relação é a que se forma com alguém que ama o nosso amor: cumplicidade, compreensão, partilha; mas também dor partilhada, saber dizer o que é preciso mesmo que magoe, saber dizer a verdade. Nem é simples explicar o que podemos aprender com isso. Vivo há quase dois anos com estas pessoas. Uma nova experiência partilhada, que só é possível agora porque é com eles. Foi preciso aprender ainda mais. Como partilhar uma vida em comum e saber onde está a vida privada de cada um. Como estar lá e saber dar espaço. Como saber quando se deve ajudar e quando se deve deixar respirar. Como saber quando somos precisos e quando sair. Como ficar lá quando está a ser difícil. Como discordar sem desistir.

Eu sei que tive a sorte de poder descobrir muita coisa com estas duas pessoas. Aprendi também com erros feitos antes de mim. Aprendi com a experiência que os dois construíram juntos e que também me deu inesperadamente algo a mim. Aprendi a conhecer a pessoa que amo também através da pessoa que o amava antes de eu o conhecer.


Como dizia António Variações - o amor não é o tempo, nem é o tempo que o faz - o que homenageio não são os anos que passaram juntos, mas sim os-todos-os-dias, os mil presentes, o terem visto o melhor e o pior nos olhos do outro e dizerem, ainda, agora, novamente: quero ficar.  

Mas o mais incrível é que eles decidiram partilhar com outros um pouco desta coisa maravilhosa que têm. Só posso estar grata por isso e dizer: parabéns pelo vosso caminho. Espero que continuem. E que saibam que podem contar comigo.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

O rescaldo da reportagem sobre poliamor na SIC/Expresso

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O Expresso Diário publicou um artigo, disponível a quem tem conta no Expresso ou outros sites do grupo Impresa, sobre os efeitos sentidos pelas pessoas que participaram na reportagem da SIC/Expresso postada em Abril.



Leiam aqui o artigo depois de fazerem o login: "Houve pessoas que preferiram usar o ódio para comentar uma peça sobre amor".

domingo, 20 de abril de 2014

Poliamor no Podcast das Bichas Cobardes

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O novo episódio da rádio das Bichas Cobardes abordou o tema do poliamor numa conversa com Inês Rôlo, do PolyPortugal. A conversa andou em torno dos problemas e desafios ligados à visibilidade poliamorosa, ao cruzamento com o feminismo e também as consequências da reportagem SIC/Expresso sobre poliamor.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Poliamor no Jornal de Notícias

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Saiu hoje uma notícia no Jornal de Notícias sobre poliamor, na sequência da Tertúlia feita em Braga! Cliquem na imagem para ler!


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Tertúlia "Poliamor e o questionamento da mononormatividade" - gravação e notícias

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A tertúlia anunciada há uns dias pode agora ser escutada por quem não pôde ir - ou, pelo menos, as intervenções iniciais - através deste link!

A tertúlia foi mencionada também na Rádio Universitária do Minho e, como podem ver abaixo, no Jornal Académico de Braga e no Jornal de Notícias!

Jornal Académico - 10 de Abril 2014

Jornal de Notícias - 14 de Abril 2014

sábado, 5 de abril de 2014

Mural da Liberdade - SIC/Expresso e poliamor

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No contexto da comemoração dos 40 anos do 25 de Abril, a SIC e o Expresso fizeram uma série de reportagens sobre liberdade, onde também se fala de poliamor.
Ficam aqui os materiais publicados.


Mural da Liberdade no Jornal da Noite (teaser) - SIC
Um caso de poliamor no Mural da Liberdade - peça completa - SIC

Oito histórias que vão mexer consigo - Expresso
Vídeo de apresentação de Daniel Cardoso em que se fala de poliamor - Expresso

Artigo no Expresso:




sexta-feira, 4 de abril de 2014

Tertúlia "Poliamor e o questionamento da mononormatividade"

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No âmbito da preparação da II Marcha pelos Direitos LGBT, o coletivo Braga Fora do Armário organiza a tertúlia “Poliamor e o questionamento da mononormatividade”, que decorrerá no próximo dia 9 de abril, às 21h30, no Estaleiro Cultural Velha-a-Branca, em Braga.

O evento visa promover a reflexão crítica sobre o poliamor e a desconstrução do sistema relacional mononormativo. 

A iniciativa contará com a participação de Ana C. Pires, jornalista freelancer e poliamorosa, Daniel Cardoso, ativista do PolyPortugal, e Inês Rôlo, ativista do PolyPortugal e do Clube Safo.
Dirigido ao público em geral, o evento será moderado por Catarina Dias, ativista do Braga Fora do Armário.

A entrada é livre. EVENTO NO FACEBOOK.

Por favor partilhem o evento, inscrevam-se e passem palavra!

quinta-feira, 3 de abril de 2014

PolyPortugal em "Queridas Manhãs" - SIC

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O PolyPortugal esteve hoje representado pela Fátima Marques no programa "Queridas Manhãs", da SIC. Vídeo já disponível, basta clicar na imagem abaixo!



A quem tiver televisão por cabo, o programa pode ser visto de novo, e a Fátima surge na segunda parte do programa.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Poliamor no Correio da Manhã

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Hoje, dia 19 de Fevereiro de 2014, saiu mais um artigo sobre poliamor na imprensa portuguesa. Desta feita, foi no Correio da Manhã! Leiam abaixo.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Quintino Aires e a má imprensa portuguesa

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A má imprensa volta a atacar em Portugal, e novamente com o Quintino Aires a reboque (está a tornar-se tradição!).

Desta feita, foi um artigo na Saber Viver assinado por Sofia Cardoso, disponível aqui. Lá também se fala de poliamor, mas dá-se a questão a comentar ao já conhecido polifóbico, não-especialista (e agora em sarilhos com a Ordem dos Psicólogos), Quintino Aires.

Tenham cuidado quando abrirem o artigo, porque a presença de lugares comuns sobre falta de capacidade de compromisso, imaturidade psicológica e emocional e outros disparates afins poderão causar dores de cabeça, especialmente quando comparados com a investigação que existe e que deita por terra todas essas supostas asserções.

Lamentamos também que a imprensa nacional (não interessa se “light” ou não, “cor-de-rosa” ou não) tenha perdido em grande medida o amor à existência do contraditório e da pluralidade de visões, preferindo recorrer ao discurso do “especialista” (seja ele qual for) sem se questionar sobre as habilitações do mesmo, a sua credibilidade, formação específica ou mesmo sem fazer notar que nem todos os especialistas (mesmo quando o são) concordarão inevitavelmente em tudo o que dizem.

Lamentamos também que a jornalista Sofia Cardoso, apesar de ter sido contactada por várias pessoas do PolyPortugal dispostas a falar sobre poliamor (e algumas até com investigação sobre o assunto), tenha entrado num processo de aparente autismo e nem sequer se tenha dignado a responder às ditas potenciais fontes.

Parece ser já hábito fazer acompanhar o surgimento de novas ou diferentes identidades sexuais, relacionais ou íntimas, de um discurso “especialista” que as desqualifica de forma aparentemente auto-evidente, em artigos onde se conclui aquilo que já se sabia à partida – e portanto onde nada se aprende, nada se debate; onde a função jornalística está totalmente ausente.



Exigimos mais e melhor trabalho jornalístico. Exigimos seriedade e profissionalismo.