terça-feira, 3 de agosto de 2010

Amores antigos

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Numa rede de encontros onde me inscrevi há ano e meio, que adoro e recomendo (OkCupid), uma das frases que está no meu Self-Summary é a seguinte:
I'm always starting off new things but hardly ever finish any, which means I'd hardly finish with you. ;)
No final de Março, cansado do silêncio bloguístico que nessa altura se estava a alastrar contagiantemente entre a generalidade dos colaboradores, escrevi um post desanimado — embora simultaneamente feliz com a actividade crescente, em contramaré, dos nossos congéneres brasileiros¹. E o que aconteceu depois desse post? Emudeci eu próprio. Quatro meses e meio de silêncio.


Estou de volta a este amor antigo. I'd hardly ever finish with this blog, essa é que é essa. Só parei durante 18 semanas porque comecei a trabalhar num novo projecto de televisão que me proporcionou muitas directas e pouco tempo de sobra para a minha vida pessoal. Poderia talvez ter recomeçado mais cedo mas a inércia é um princípio da Física que inexoravelmente se aplica também a vários tipos de personalidade. Pronto, está bem, eu sei que o latim iners quer dizer simplesmente preguiçoso e improdutivo… mas que mal tem embelezar um pouco a coisa?

A minha actividade bloguística fez pausa, sim, mas ser guionista dum canal de televisão (o canal Q, do Meo) permitiu-me divulgar o poliamor e o PolyPortugal por outras formas. Levei o Daniel ao Ping Pong Top², botei discurso no programa Especial³ ao lado duma moça desinteressantezinha que se auto-intitula A Pipoca Mais Doce, pus A Rede⁴ a falar sobre poliamor.

Fora do canal, apesar das limitações de tempo, consegui ir ao Allove Festival e participar em quase todos os encontros poly que houve em Lisboa.

E, entretanto, fiz um curso de formação pedagógica inicial de formadores (o título já é demasiado pomposo para o que é; se eu lhe pusesse iniciais maiúsculas, então, é que isto ficava mesmo possidónio). Pediram-me, logo no segundo dia, para preparar uma simulação de aula de 10 minutos sobre um tema à escolha. Poliamor, claro. Aqui ficam, como curiosidade, os diapositivos da apresentação que fiz.

No blog fiz uma pausa, nas minhas convicções poly não. Mas, já agora, só porque isto está a ficar muito sério, aqui vai um country do mais corny que encontrei, e que me faz sorrir da quantidade de clichés por minuto que os letristas e autores da música conseguiram juntar:


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¹ Apesar do dinamismo brasileiro, os blogs têm acabado e recomeçado noutros lados e coordenados por pessoas diferentes. Neste momento, vale a pena ler o Poliamores e o agregador Parada Poli. Entretanto, o nosso blog voltou a ter quase a mesma quantidade de actividade que tinha no ano passado, e tem vindo a aumentar o número de visitas.
² Excerto intitulado "Padre Borga enlevado com o poliamor" no site do canal, vídeo completo divulgado aqui no blog pelo Daniel.
³ Não foi posto vídeo online. A página do programa: Especial.
Também destes momentos não foi posto vídeo online. A página do programa: A Rede.

3 comentários:

Marquesa do Sado disse...

Estou cuminércia que nã maguento...
Sou novita, por isso vou dizer o quê? Tenho andado a ler e de vez em quando digo as minhas palermices. Hoje estou um pouquito depré, o que é óptimo, porque estou comigo até à medula. Na minha conta do FB reparei que hoje as sis todas do grupo parecem um pouco como eu. Deve ser um daqueles síndromes em que as miúdas de repente se sintonizam. Sabes, Miguel, acho mesmo bem podermos na medida do possível cuidar-nos uns aos outros. Acho que este grupo, como outros, deve ser uma coisa assim, de "cuidado". Por isso, é só para dizer: Tá lido! Tá participado! Tou aqui. Beijoquinhas. Anda lá, dá à caneta, ou a tecla. Queremos ler mais. ;)

Anónimo disse...

adoro o salvador martinha =)

Shan@Adam4Adam disse...

Eu gostava de ler este artigo . . Amor conquista tudo :)