quarta-feira, 26 de agosto de 2009

amorverdadeiro.com.pt

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um estudo recente da universidade do minho revela que a violência nas relações afectivas é cada vez mais precoce. diz mesmo que um em cada quatro jovens foi vítima de violência no namoro.

continua, dizendo que em geral nem as vítimas, nem os agressores, entendem que a violência não é aceitável e que muitos toleram e chegam mesmo a desculpabilizar a mesma.

é mais ou menos assim que começa o texto de um panfleto da comissão para a cidadania e igualdade de género sobre a violência no namoro. continua explanando uma série de factos e mitos sobre o problema. é claro que numa perspectiva hetero/mononormativa os factos básicos do panfleto estão correctos. desmistifica os mitos do amor romântico com a chegada do cavaleiro andante num cavalo branco, do amor que não é verdadeiro se não existe ciúme ou que entre o marido e mulher não se mete a colher, entre outros do género numa lista de 13 factos.

portanto ficamos a saber que num mundo perfeito não deve haver violência entre casais de sexo diferente e se desde de pequen@s respeitarmos estes ensinamentos, vai tudo correr bem na vida conjugal... tradicional e socialmente conformada.

o que me preocupa é que o panfleto é publicado pela comissão para a cidadania e igualdade de género: ora bem, pensava eu que o conceito de cidadania seria abrangente e depois igualdade de género era o remate para golo, mas pelos vistos não é assim tão linear.

nenhum outro formato de relação foi contemplado neste documento de circulação massiva. ficaram excluídas as pessoas lésbicas, gay, bissexuais e trangéneras, mas ficaram também as pessoas que, sendo ou não heterossexuais, escolhem viver os relacionamentos de uma outra forma que, sendo de "namoro" e afectivas, não se resumem a dois participantes.

ou há cidadania ou então comem todos!

ah! a propósito, o sítio na net para saber mais sobre o assunto é: amorverdadeiro.com.pt... amor verdadeiro? e único?

1 comentário:

Anónimo disse...

há, amor verdadeiro.
Mas nao assim como se pensa , nem como se diz que existe.
Sonhar é bom mas viver com dignidade é melhor ainda.
Acontecendo que tudo tem que ser dito para ser justificado e entendido sem conflitos que só geram desalegrias e tristezas sem fim
N.L.