
continua, dizendo que em geral nem as vítimas, nem os agressores, entendem que a violência não é aceitável e que muitos toleram e chegam mesmo a desculpabilizar a mesma.
é mais ou menos assim que começa o texto de um panfleto da comissão para a cidadania e igualdade de género sobre a violência no namoro. continua explanando uma série de factos e mitos sobre o problema. é claro que numa perspectiva hetero/mononormativa os factos básicos do panfleto estão correctos. desmistifica os mitos do amor romântico com a chegada do cavaleiro andante num cavalo branco, do amor que não é verdadeiro se não existe ciúme ou que entre o marido e mulher não se mete a colher, entre outros do género numa lista de 13 factos.
portanto ficamos a saber que num mundo perfeito não deve haver violência entre casais de sexo diferente e se desde de pequen@s respeitarmos estes ensinamentos, vai tudo correr bem na vida conjugal... tradicional e socialmente conformada.
o que me preocupa é que o panfleto é publicado pela comissão para a cidadania e igualdade de género: ora bem, pensava eu que o conceito de cidadania seria abrangente e depois igualdade de género era o remate para golo, mas pelos vistos não é assim tão linear.
nenhum outro formato de relação foi contemplado neste documento de circulação massiva. ficaram excluídas as pessoas lésbicas, gay, bissexuais e trangéneras, mas ficaram também as pessoas que, sendo ou não heterossexuais, escolhem viver os relacionamentos de uma outra forma que, sendo de "namoro" e afectivas, não se resumem a dois participantes.
ou há cidadania ou então comem todos!
ah! a propósito, o sítio na net para saber mais sobre o assunto é: amorverdadeiro.com.pt... amor verdadeiro? e único?
1 comentário:
há, amor verdadeiro.
Mas nao assim como se pensa , nem como se diz que existe.
Sonhar é bom mas viver com dignidade é melhor ainda.
Acontecendo que tudo tem que ser dito para ser justificado e entendido sem conflitos que só geram desalegrias e tristezas sem fim
N.L.
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