Nesta passada segunda-feira, a Fátima Marques, do PolyPortugal, esteve a participar no programa "Esquadrão do Amor", do Canal Q, a explicar e falar sobre poliamor!
Vejam o clip de promoção aqui.
Fica aqui também uma secção do programa sobre o tema, com cerca de seis minutos. Assistam e digam-nos o que pensam!
1 comentário:
Acabei por escrever uma resposta aos comentários e já não vou dizer mais nada, fui repescar uma coisa que já tinha escrito "Muito obrigada à Ana Markl e à equipe pelo convite. Embora não seja uma ativista poli, tenho estado disponível para falar do tema, mesmo sem a inocência de achar que vai ser inócuo, acho que é importante e eu felizmente estou numa fase de vida em que o bulliyng assustador que o tema provoca me dá sobretudo pena e vontade de rir (em caso de dúvida basta ir ver alguns dos comentários) . Em muitos casos a inocência é um luxo. Noutros pode ser mesmo um grande contratempo. Quando cheguei ao conceito de poli era obviamente muito inocente na coisa. Achei que os amigos em geral iam ficar todos contentes com a minha descoberta e comemorar comigo e que as pessoas com quem partilhasse o conceito iam agradecer-me para toda a vida. Foi uma inocência que chegou a contratempo, perdi amigos, e envolvi-me em várias discussões cansativas e inúteis em grupos por aqui e ali.
Depois de algum tempo cheguei á conclusão que as reações eram realmente um bocado cretinas, mas pronto, eu também estava a ser. Ganhar uma discussão não vai de todo ajudar-me a que o outro lado compreenda ou se aproxime do meu ponto de vista, ganhar uma discussão acontece a um nivel mental, o adversário volta ao covil para lamber as feridas e arranjar reforços e volta assim que puder com a raiva ainda mais acesa, e uma opinião ainda mais forte. Ganhar um argumento mental pode ser muito bom para o ego mas não é bom para encontrar uma solução ou fazer alguém compreender alguma coisa. Não é e nunca foi... Aceitar algo de novo implica compreender e ser capaz de se por no ponto de vista do outro, isto simplesmente não acontece no meio de uma discussão.
As pessoas atacam quando estão assustadas, retaliar agressivamente apenas leva a uma resistência mais forte.
Não fiz nenhum estudo mas está-me cá a parecer que todos as mudanças começaram com uma pessoa, depois com uma pequena minoria, em alguns casos a pessoa que iniciou foi literalmente linchada por isso. Em termos muito gerais numa sociedade há sempre pessoas que adoram mudanças e outras avessas a elas, é razoável esperar que, contando com isto, não me surpreenda quando a tal resistência acontece. As mudanças são lentas e enfrentam resistência, e no entanto são inevitáveis, com resistências ou não as relações estão a mudar sem pedir licença a ninguém
Realmente prefiro soluções do que vitórias. Por muito que adore uma boa briga e me saltem logo os caninos à possibilidade de sangue. É um prazer demasiado curto, tipo vicio e depois é preciso sempre mais. E gostaria que estas possibilidades de falar deste tema fossem um ponto de partida para uma aproximação à sociedade que ainda não conhece o conceito de uma forma que tranquilize e acalme os fantasmas. E tendo dito isto, estou disponível para quaisquer questões que surjam da parte de quem tem dúvidas, quem já tem certezas não precisa de mais nada." e prontos.
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