quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ser bissexual e ler revistas idiotas

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A revista Activa publicou no seu site, no passado dia 18, um artigo que já tinha publicado em papel, em Junho de 2009. Um texto sobre bissexualidade que, entre inúmeras pérolas, avança uma definição para o poliamor:

"Cada vez mais há variantes da sexualidade, como é o caso do poliamor, uma relação entre três ou quatro pessoas, que vivem juntas." (citação atribuída ao psicólogo Fernando Mesquita)

O que me deixa a pensar que, se quero mesmo ser poliamorosa, tenho que meter uma pessoa fora de casa (porque cinco já deixa de ser poliamor e começa a ser libertinagem). E pôr um dos outros quatro quartos em regime de rotação. Bem que me avisaram que isto do poliamor era mesmo complicado!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Cinema poly

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Quinta-feira, 27 de Janeiro, vamos ao São Jorge ver este filme.
E depois vamos dizer mal ou bem do mesmo (e do que mais calhar) enquanto bebemos um copo e trincamos uma tapa na Praça da Alegria.
Para as pessoas trabalhadoras que não se metem nestas coisas a meio da semana, também podemos combinar um bocadinho antes do filme e bebemos um Sumol no bar do São Jorge.

Confirmar presença no Facebook.
Metro: Avenida (linha azul)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Porque falham as explicações

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Dou por mim, como devem imaginar, a explicar imensas vezes o que é o poliamor, e que sentido faz, etc etc etc. E nem sempre consigo estar a ter estas conversas na net, onde simplesmente envio um link para o site do Franklin Veaux e a partir dessa base tento rearticular algumas das perguntas que as pessoas me fazem.

Fora isso, e quando se está offline, há uma série de argumentos e mecanismos retóricos mais ou menos utilizados de forma generalista para tentar explicar ou desconstruir uma série de noções de base. Ainda assim, é um processo complicado. Complicado fundamentalmente porque esses tais pressupostos, esses dogmas de base que definem a própria definição do que é o amor ou do que são relações amorosas (ou do que é a fidelidade, and so on...) são, no poliamor, repensados.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Perguntas e respostas

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Partilho aqui os meus arquivos e deixo-vos com o texto integral da minha entrevista à Notícias Magazine do passado Domingo:


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

discriminação sexual é punida por lei

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Isto pode interessar, directa ou indirectamente, à malta que vive ou pensa viver poly:

Os comentários relativos ao homicídio de Carlos Castro têm-se multiplicado, tanto nas edições online de jornais e revistas como nas redes sociais. Poucos dias depois da violenta morte do jornalista, uma utilizadora do Facebook criou um grupo chamado "Eu apoio Renato Seabra, matar gays não devia ser crime". Segundo o advogado Arrobas da Silva, a haver violação da lei, "deve ser o Ministério Público a promover uma acção penal. Parece-me, pela descrição, que deverá ser um crime público ou semipúblico", explica o causídico. Este tipo de crime contra a identidade

domingo, 16 de janeiro de 2011

Poliamor na Notícias Magazine

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Mais um artigo sobre poliamor, desta vez na Notícias Magazine, a revista de suplemento do Diário de Notícias. Saído hoje mesmo, e podem ler - e comentar! - aqui. O que acharam do artigo? O que vos chamou mais a atenção?


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Parrhesia

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A minha defesa da tese correu bem... uns belos 18 valores, e muita baba própria pelo caminho como devem imaginar.

A ideia principal é a de que, mais do que uma forma de fazer as relações amorosas, o poliamor é uma forma de pensar a ética nas relações - amorosas ou não. E aí, a parrhesia é fundamental. A franqueza, a honestidade. Esta honestidade é importante, não para a outra pessoa, mas para nós mesmos, para a nossa construção como pessoas, na nossa vida. Um assunto a discorrer mais tarde.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Aquela coisa do sexo...

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Ando doente com esta coisa da educação sexual na escola. Não há reunião em que não se fale disto. E o ritual é quase sempre o mesmo. O Director de Turma aborda o tema com o tom de “tem de ser, há aqui este assunto…”. A maior parte dos professores baixa os olhos. O professor de Ciências diz qualquer coisa que quase sempre me irrita. E quando se pergunta quais os professores que querem participar no projecto, só falta ouvir os assobios para o ar. Nas primeiras reuniões ofereci-me. Depois comecei a perceber…

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Vida privada versus imprensa cor-de-rosa, cor-de-sangue e de lama

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Imprensa cor-de-rosa, vermelha-sangue e cor-de-lama... e não só a imprensa, mas a política, ou a rua...

Simplesmente, e também como pessoa poly, mete-me **nojo** toda a especulação cusca e toda a exploração política da morte do Carlos Castro... Uns dizem que foi violência doméstica, outros vingança, outros tráfego de influências... Uns dizem que isto é a prova de que os gays são pessoas piores que as outras... Outros dizem que isto prova que os gays são pessoas iguais às outras.. Outros dizem que isto prova precisamente que os gays são melhores.. Outros dizem que não tem nada a ver com orientação sexual, outros que tem... Uns vêem uma história cheia de sordidez, outros uma versão maravilhosamente recauchutada do conto de fadas da actualidade... E, por fim, e resumindo, toca a especular com o que é que fazia aquelas pessoas mexer, o que é que as motivava. De repente toda a tragédia que as engoliu passou a ser uma coisa política para ser usada politicamente, ou simplesmente dissecada por quem não tem mais nada que fazer...

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Efémero

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Estava aqui há uns dias a assistir a uma conversa online sobre a questão da duração das relações poliamorosas. O maior questionário alguma vez feito a essa comunidade, de forma não-representativa e online, foi o da Loving More Magazine. Um dos resultados é que a maior parte das relações reportadas por quem respondeu ficava abaixo dos cinco anos de duração.

Duas leituras que se podem fazer daqui: uma sobre o papel do poliamor, outra sobre os nossos conceitos de base sobre relações.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Three, o filme

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Mais um filme vagamente poly, desta vez um filme declaradamente mainstream. Mas mesmo assim muito envergonhadito. Falo-vos de "Three", de Tom Tykwer, talvez conhecido pelo filme "O Perfume".

A história conta-se em muito menos que as duas horas do filme duram: Simon e Hanna, um casal vagamente moderno, caucasiano, assalariado, bem alimentado e burguês q.b., chega aos 20 anos de relação com as habituais renúncias, opções, não-opções e temas no seu currículo. Cada um deles, a princípio sem que o outro saiba, envolve-se e apaixona-se por Adam. E a partir de certa altura, sem que tenham outro remédio, ficam todos a saber. Aqui está a descrição oficial em Inglês.