terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Mal amado, mal amando

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Esta semana fiquei sem bateria. O mecânico vem cá amanhã para levar o carro. Já estou a fazer contas à vida.

E outras contas agora. À minha vida amorosa. Algumas etapas:

1980
às escondidas porque não era suposto
1982
às escondidas porque ele era casado
1985
pediu namoro a outro; eu não soube dizer que não tinha de ser uma disjunção exclusiva
1988
afinal havia outro
1991
não conseguiu resistir à droga; nem a mentir-me acerca disso
1998
casada e ele não sabia de nós
2000
não resistiu a saber de mim e da outra
2002
casada também; por fim acabou com um terceiro, e garantindo-me que estava sozinha
2005
casou depois, e não quer que ninguém saiba de nós
2007
jurei-lhe exclusividade, a muito custo; acabou por andar com outro às escondidas

Isto faz mossa, deforma uma personalidade, desgasta a máquina. Esta semana, fiquei sem bateria. Quero pedir ao mecânico para me levar também o coração.

4 comentários:

Maria disse...

E que farias tu sem coração?
Deixa-o ficar, que mais val amar sofrendo, no que não (ser capaz de) amar.

Anónimo disse...

27 anos de novela mexicana

Luís Miguel Viterbo disse...

:)

Não sei se o comentário anónimo é solidário ou trocista mas é divertido de qualquer modo. E, já agora, são 37 anos de novela, eu é que não pus cá tudo ;)

António Lopes disse...

Como te compreendo, pá :-D