Na primeira marcha LGBT (para quem não saiba, Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero) em que participei (8ª Marcha do Orgulho LGBT — Lisboa 2007), em «representação» do Poly Portugal, confirmei o que já pensava há muito: aquela sigla é obscura para o leigo, pouco prática e acima de tudo limitativa. O T também inclui travestis e transexuais? Onde está o Q de Queer? E o I de Intersexo? A que letra pertencerá uma associação feminista (a UMAR faz parte da organização)? E finalmente — o que me interessava ainda mais —, em que letra se poderia encaixar o Poliamor? Vale a pena ver (por exemplo aqui) a cómica evolução das siglas que têm vindo a designar o conjunto das orientações sexuais e identidades de género.
Durante a marcha, pus-me a pensar quais eram os temas partilhados pelos colectivos e individuais que participam numa marcha «lgbt» e que acrónimo facilmente memorizável se poderia criar a partir desse conceito. Cheguei à conclusão de que as minorias envolvidas reclamam, todas elas, liberdade e diversidade sexual. (Poderia argumentar-se que as questões de género não são questões sexuais mas parece-me preciosismo a mais para a definição em causa.) E foi assim que cheguei a isto, que propus como nome para as marchas seguintes, mas que não pegou:
MALDISEX — Marcha para a liberdade e diversidade sexual
Continuo a achar que a aceitação da diversidade é uma das principais bandeiras que quero carregar. E, na sequência dos meus posts anteriores em defesa da diversidade («E é lá com eles…» + «Nós e laços»), aqui deixo uma canção do fabuloso cantautor francês dos anos 50/60 Georges Brassens, intitulada La mauvaise réputation («A má reputação»)
Durante a marcha, pus-me a pensar quais eram os temas partilhados pelos colectivos e individuais que participam numa marcha «lgbt» e que acrónimo facilmente memorizável se poderia criar a partir desse conceito. Cheguei à conclusão de que as minorias envolvidas reclamam, todas elas, liberdade e diversidade sexual. (Poderia argumentar-se que as questões de género não são questões sexuais mas parece-me preciosismo a mais para a definição em causa.) E foi assim que cheguei a isto, que propus como nome para as marchas seguintes, mas que não pegou:
MALDISEX — Marcha para a liberdade e diversidade sexual
Continuo a achar que a aceitação da diversidade é uma das principais bandeiras que quero carregar. E, na sequência dos meus posts anteriores em defesa da diversidade («E é lá com eles…» + «Nós e laços»), aqui deixo uma canção do fabuloso cantautor francês dos anos 50/60 Georges Brassens, intitulada La mauvaise réputation («A má reputação»)
Tradução de parte da letra:
Lá na aldeia, não é para me gabar,
Mas tenho má reputação
Quer me mate a trabalhar quer fique quieto e calado
Passo por nem sei bem o quê
Mas não faço mal a ninguém
Só porque sigo o meu próprio caminho
Mas as pessoas de bem não gostam de quem
Siga um caminho diferente do delas
Não, as pessoas de bem não gostam de quem
Siga um caminho diferente do delas
Toda a gente diz mal de mim
Excepto os mudos, é claro
[…]
Não é preciso ser um Jeremias
Para adivinhar a sorte que me vai calhar
Se encontrarem uma corda que lhes agrade
Hão-de passar-ma pelo pescoço
Mas eu não faço mal a ninguém
Por seguir caminhos que não levam a Roma
[…]
Toda a gente virá ver o meu enforcamento
Excepto os cegos, está bem de ver
Lá na aldeia, não é para me gabar,
Mas tenho má reputação
Quer me mate a trabalhar quer fique quieto e calado
Passo por nem sei bem o quê
Mas não faço mal a ninguém
Só porque sigo o meu próprio caminho
Mas as pessoas de bem não gostam de quem
Siga um caminho diferente do delas
Não, as pessoas de bem não gostam de quem
Siga um caminho diferente do delas
Toda a gente diz mal de mim
Excepto os mudos, é claro
[…]
Não é preciso ser um Jeremias
Para adivinhar a sorte que me vai calhar
Se encontrarem uma corda que lhes agrade
Hão-de passar-ma pelo pescoço
Mas eu não faço mal a ninguém
Por seguir caminhos que não levam a Roma
[…]
Toda a gente virá ver o meu enforcamento
Excepto os cegos, está bem de ver
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