Eu ouço muitas vezes as pessoas a queixarem-se de uma coisa: da complicação. Ao que parece, é tudo complicado. A vida é complicada, o amor é complicado, o trabalho é complicado. As pessoas também.
Quando falo em poliamor, dizem-me "ai não, isso seria demasiado complicado para mim". E eu até entendo o que é que me querem dizer. Mas, ao mesmo tempo que entendo o que me querem dizer, também acho que é tudo uma questão de perspectiva.
Para mim, também me parece muito complicado o sistema de regras que penetram o mais possível a privacidade, pessoalidade e psique dos indivíduos e que, convenhamos, domina o funcionamento de muita pessoa ciumenta. Para mim, complicado é o conjunto de caixas, caixinhas e caixotes que arranjamos para encaixar (encaixotar) as pessoas num sistema de classificação, como se fôssemos todos adeptos e especialistas da taxonomia.
"Mas porque é que é complicado, para ti, uma classificaçãozinha toda bonita?" - podem perguntar. E eu respondo, calma... Então, é assim: sentimentos, paixões, desejos, seja o que for, operam sob contínuos (muitas vezes, sob vários contínuos ao mesmo tempo). E quando tentamos forçar algo contínuo a encaixar-se em espaços separados deparamo-nos com uma coisa: fendas. Vazios entre essas divisórias, que forçam as linhas contínuas a quebras. A complicações, portanto, especialmente sobre o que fazer com os bocados de linhas que ficam, ali, de fora.
Querem saber o que eu acho simples? Acho simples poder estar com outra(s) pessoa(s) e abraçá-la(s). Beijá-la(s). Fazer amor com ela(s), sem estar preocupado se é um amor-paixão, um amor-amizade, um amor-desejo ou outra coisa qualquer. Ou então simplesmente fazer sexo, porque não?! Acho simples ter a liberdade de navegar pelos meus sentimentos e sentir a paz de comungar com outras pessoas. De ser sincero, honesto, frontal. De deixar tudo em pratos limpos e ser o mais claro possível quanto às minhas certezas e incertezas, ao invés de tentar ler mentes e jogar subentendidos para o ar.
É tão singelo, tão simples, aquele momento em que se partilha o que se sente, sem exigências, sem contrapartidas e jogos de influências. Eu gosto dessa simplicidade, estou apaixonado por essa simplicidade há anos.
Portanto, se desesperam por simplicidade, tenham esperança! Ela não morreu! E cá eu, vou pelo poly-simplex...
Quando falo em poliamor, dizem-me "ai não, isso seria demasiado complicado para mim". E eu até entendo o que é que me querem dizer. Mas, ao mesmo tempo que entendo o que me querem dizer, também acho que é tudo uma questão de perspectiva.
Para mim, também me parece muito complicado o sistema de regras que penetram o mais possível a privacidade, pessoalidade e psique dos indivíduos e que, convenhamos, domina o funcionamento de muita pessoa ciumenta. Para mim, complicado é o conjunto de caixas, caixinhas e caixotes que arranjamos para encaixar (encaixotar) as pessoas num sistema de classificação, como se fôssemos todos adeptos e especialistas da taxonomia.
"Mas porque é que é complicado, para ti, uma classificaçãozinha toda bonita?" - podem perguntar. E eu respondo, calma... Então, é assim: sentimentos, paixões, desejos, seja o que for, operam sob contínuos (muitas vezes, sob vários contínuos ao mesmo tempo). E quando tentamos forçar algo contínuo a encaixar-se em espaços separados deparamo-nos com uma coisa: fendas. Vazios entre essas divisórias, que forçam as linhas contínuas a quebras. A complicações, portanto, especialmente sobre o que fazer com os bocados de linhas que ficam, ali, de fora.
Querem saber o que eu acho simples? Acho simples poder estar com outra(s) pessoa(s) e abraçá-la(s). Beijá-la(s). Fazer amor com ela(s), sem estar preocupado se é um amor-paixão, um amor-amizade, um amor-desejo ou outra coisa qualquer. Ou então simplesmente fazer sexo, porque não?! Acho simples ter a liberdade de navegar pelos meus sentimentos e sentir a paz de comungar com outras pessoas. De ser sincero, honesto, frontal. De deixar tudo em pratos limpos e ser o mais claro possível quanto às minhas certezas e incertezas, ao invés de tentar ler mentes e jogar subentendidos para o ar.
É tão singelo, tão simples, aquele momento em que se partilha o que se sente, sem exigências, sem contrapartidas e jogos de influências. Eu gosto dessa simplicidade, estou apaixonado por essa simplicidade há anos.
Portanto, se desesperam por simplicidade, tenham esperança! Ela não morreu! E cá eu, vou pelo poly-simplex...
5 comentários:
As pessoas são diferentes... o q é simples pra uma é complicado pra outra e vice-versa. Cada pessoa tem de encontrar o seu jeito de ser feliz, não o jeito dos outros... Não existe um único jeito q seja bom para tod@s...
É verdade. Mas também é verdade que quem se queixa cronicamente da complicação não se deve sentir muito feliz, para começar.
Por outro lado, a diversidade é a essência da vida, sem dúvida!
vem aqui uma pessoa relaxar um bocadinho, e leva logo com a taxonomia...
bolas! já sei que tenho de voltar ao trabalho!
:/
Lamento, Ana! Mas olha... pelo menos não estava a fazer a apologia da taxonomia!
:-)
É, a malta complica e depois queixa-se :-D
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