Há uns dias voltei a ter uma longa conversa com aquele meu amarado espanhol, que serviu entre outras coisas para lhe pedir desculpa pelo meu estado rabugento dos últimos meses. Às vezes passamos muito tempo sem falar, de vez em quando por alguma rabugice de uma das partes, ou das duas, mas esta é uma daquelas pessoas que eu incluiria na resposta à pergunta “quantas relações tens”. Apesar de não nos vermos há não sei quanto tempo e não termos sexo há ainda mais.
Uma das coisas de que gosta é de se manter actualizado quanto à evolução do poliamor em Portugal, mas principalmente quanto à minha evolução pessoal dentro do poliamor. E quando lhe falo dos meus desaires amorosos (que já acompanhou alguns), acaba sempre por dizer aquela frase que me irrita ligeiramente: “Não é a primeira vez que te acontece e não será a última”. Prefiro interpretar isto como algo do género “Um nómada nunca tem um tecto sólido. O preço de andar a conhecer mundo é ser o primeiro a levar com a chuva na tola”. Mas angustia-me o imperceptível tom de “Outra vez o mesmo erro? Será que não aprendes?”.
Penso muito nisto, até porque ele não é o único a dizer-me coisas do género, de cada vez que ando mal de amores, ou aliás, mal com algum amor. Um dos meus “erros” recorrentes é envolver-me com grandes amigos, que passam a amarados. Infelizmente, o final de quase todas essas histórias é enjoativamente o mesmo.
Começa com “olha que linda amizade que ficou ainda melhor com sexo, amor, carinho e partilha”, passa inevitavelmente pelo momento “anda com quem quiseres e continua a contar-me, que gosto de saber”, e por fim embate de frente no obstáculo “tenho uma nova namorada que acha isto do poliamor uma coisa muito estranha e ainda está a pensar sobre isso”. E lá se vai a amizade para o galheiro, precisamente porque houve sexo e, em vez de ser uma boa amiga, já estou irremediavelmente no rol das “ex”.
Este é um dos meus medos de estimação, que também os tenho. Mas, como já aqui disse, continuo a levantar-me e a acreditar sempre que desta vez é que é, ou pelo menos a acreditar que a viagem vale pelo caminho e não pelo destino. Até porque outra das coisas que ouvi nessa conversa, em resposta às últimas novidades e planos próximos, foi: “É um risco, mas é algo que tens de fazer, para saber o que acontece”. O que no fundo é uma confirmação da teoria do nómada.
Uma das coisas de que gosta é de se manter actualizado quanto à evolução do poliamor em Portugal, mas principalmente quanto à minha evolução pessoal dentro do poliamor. E quando lhe falo dos meus desaires amorosos (que já acompanhou alguns), acaba sempre por dizer aquela frase que me irrita ligeiramente: “Não é a primeira vez que te acontece e não será a última”. Prefiro interpretar isto como algo do género “Um nómada nunca tem um tecto sólido. O preço de andar a conhecer mundo é ser o primeiro a levar com a chuva na tola”. Mas angustia-me o imperceptível tom de “Outra vez o mesmo erro? Será que não aprendes?”.
Penso muito nisto, até porque ele não é o único a dizer-me coisas do género, de cada vez que ando mal de amores, ou aliás, mal com algum amor. Um dos meus “erros” recorrentes é envolver-me com grandes amigos, que passam a amarados. Infelizmente, o final de quase todas essas histórias é enjoativamente o mesmo.
Começa com “olha que linda amizade que ficou ainda melhor com sexo, amor, carinho e partilha”, passa inevitavelmente pelo momento “anda com quem quiseres e continua a contar-me, que gosto de saber”, e por fim embate de frente no obstáculo “tenho uma nova namorada que acha isto do poliamor uma coisa muito estranha e ainda está a pensar sobre isso”. E lá se vai a amizade para o galheiro, precisamente porque houve sexo e, em vez de ser uma boa amiga, já estou irremediavelmente no rol das “ex”.
Este é um dos meus medos de estimação, que também os tenho. Mas, como já aqui disse, continuo a levantar-me e a acreditar sempre que desta vez é que é, ou pelo menos a acreditar que a viagem vale pelo caminho e não pelo destino. Até porque outra das coisas que ouvi nessa conversa, em resposta às últimas novidades e planos próximos, foi: “É um risco, mas é algo que tens de fazer, para saber o que acontece”. O que no fundo é uma confirmação da teoria do nómada.
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