Pelo terceiro ano consecutivo, o meu Dia dos Namorados foi... diferente daquilo que é suposto ser "a norma". Sabem, aquela coisa romântica do casal, as flores, o jantar à luz das velas.
Bem... Houve flores. E houve jantar. E havia velas, sim.
Só não éramos simplesmente um casal.
Éramos três.
Bem... Houve flores. E houve jantar. E havia velas, sim.
Só não éramos simplesmente um casal.
Éramos três.
Foi, portanto, a três, o meu Dia dos Namorados. Três, a nossa pequena constelação familiar; três: eu, namoradx, e punalua. Três. Três que lanchámos juntos, apanhámos chuva juntos, jantámos juntos, dormimos juntos. E, pelo meio, sabem o que houve, para estes três? Risos, divertimento, felicidade. Conversas sobre amigos. Planos para o futuro. Umas quantas fotografias tiradas. Uma tarte de limão merengada absolutamente deliciosa, para mim. Waffles, para elxs.
E, por algum motivo estranho (quem me dera poder achar isso normal!), não houve nem um olhar suspeito na nossa direcção. A noite inteira. Enquanto ríamos, nos beijávamos e chamávamos nomes carinhosos uns aos outrxs. Ninguém nos seguiu com os olhos, ninguém agiu como se fossemos algo de estranho. E não éramos, de facto. Éramos apenas pessoas a celebrar o Dia dos Namorados.
Foi... quase perfeito, o meu Dia dos Namorados. E o que faltou à sua perfeição não esteve, em nada, relacionado com sermos 3 e não 2. Sermos 3 é, para nós, motivo de felicidade.
Sabem uma coisa? Não somos "a norma". Não pertencemos a ela. Pode ser que sejamos sempre vistos como diferentes, como "o outro" perigoso que deve ser temido. Pode ser que haja sempre discriminação à nossa volta. Ainda assim, não quero voltar ao Dia dos Namorados normal, mono-heterocêntrico. Gosto que sejamos 3. Gosto de partilhar este dia com o meu amor e o amor do meu amor. E o meu desejo é que venham a haver mais amores com quem o partilhar. Amores com quem possa estar assim, amores que achem que a norma é, afinal, isto. Um Dia dos Namorados a 3, 4, 5. Um Dia dos Namorados a quantos o coração quiser.
Foi... quase perfeito, o meu Dia dos Namorados. E o que faltou à sua perfeição não esteve, em nada, relacionado com sermos 3 e não 2. Sermos 3 é, para nós, motivo de felicidade.
Sabem uma coisa? Não somos "a norma". Não pertencemos a ela. Pode ser que sejamos sempre vistos como diferentes, como "o outro" perigoso que deve ser temido. Pode ser que haja sempre discriminação à nossa volta. Ainda assim, não quero voltar ao Dia dos Namorados normal, mono-heterocêntrico. Gosto que sejamos 3. Gosto de partilhar este dia com o meu amor e o amor do meu amor. E o meu desejo é que venham a haver mais amores com quem o partilhar. Amores com quem possa estar assim, amores que achem que a norma é, afinal, isto. Um Dia dos Namorados a 3, 4, 5. Um Dia dos Namorados a quantos o coração quiser.
4 comentários:
Achei lindo esse post, quem dera poder em algum momento da minha vida também celebrar um dia dos namorados a três ou quatro... :)
Tati, é sem dúvida uma das experiências mais bonitas da minha vida. Aquece-nos o coração. :)
eu sei exatamente qual é essa sensação sophia...
muito bonito.
a lusofonia é outra utopia possível
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