Na semana passada, voltou a falar-se de um tema que recorrentemente tem feito notícia: a violência escolar, ou bullying, como quase sempre é denominada na imprensa portuguesa, que não tem a flexibilidade linguística dos franceses e nao é capaz de inventar uma palavra nova quando faz falta.
A «bulência», chamemos-lhe assim, foi tema do Projecto de Lei 495/XI, que acabou por ser rejeitado em plenário no passado dia 21 de Janeiro. Não cheguei a ler o projecto de lei mas ficou-me na memória a frase de bullying parlamentar que o deputado Sérgio Sousa Pinto proferiu a esse respeito: «faz tanta falta às escolas e ao ordenamento jurídico como uma gaita num funeral» (não estou a inventar: vídeo aqui).
A proposta foi rejeitada mas a bulência continua, aqui como nos Estados Unidos. Hoje, descobri um vídeo da humorista Rebecca Drysdale, que eu não conhecia e por quem fiquei instantaneamente apaixonado. It Gets Better diz, resumidamente, que a adolescência passada na escola pode ser um inferno para quem é gay, lésbica ou simplesmente diferente, mas que a vida melhora na idade adulta.
Não será assim para toda a gente, claro, mas provavelmente é bem verdade para a maior parte dos adolescentes que têm orientações sexuais diferentes da norma hetero, ou que não seguem, em quase qualquer outro aspecto, o cânone geralmente aceite.
A «bulência», chamemos-lhe assim, foi tema do Projecto de Lei 495/XI, que acabou por ser rejeitado em plenário no passado dia 21 de Janeiro. Não cheguei a ler o projecto de lei mas ficou-me na memória a frase de bullying parlamentar que o deputado Sérgio Sousa Pinto proferiu a esse respeito: «faz tanta falta às escolas e ao ordenamento jurídico como uma gaita num funeral» (não estou a inventar: vídeo aqui).
A proposta foi rejeitada mas a bulência continua, aqui como nos Estados Unidos. Hoje, descobri um vídeo da humorista Rebecca Drysdale, que eu não conhecia e por quem fiquei instantaneamente apaixonado. It Gets Better diz, resumidamente, que a adolescência passada na escola pode ser um inferno para quem é gay, lésbica ou simplesmente diferente, mas que a vida melhora na idade adulta.
Não será assim para toda a gente, claro, mas provavelmente é bem verdade para a maior parte dos adolescentes que têm orientações sexuais diferentes da norma hetero, ou que não seguem, em quase qualquer outro aspecto, o cânone geralmente aceite.
Amanda is in gym class where the kids go to get fit, | But her eye’s not on the ball at all — it’s on Ms. Foster’s tits. | She’s got a dirty little secret (“shhh”) that everybody knows. | She came out, but she wishes she had left the closet closed. || And here is little Davey hiding in the piano room, | Playing Wicked, Rent, Chicago, Cats and Brigadoon. | He’s hiding from the locker room and jocks who roam the halls, | Where he’s safe from wedgies, shiners and destruction of his balls… || But when they call you weirdos, fags, and rejects, flamers, gays and hags, | Baby dykes and homotikes, Lesbos, homos, and queer bags, | It might seem like it’s hopeless and will never be ok, | But listen to the ones who care — believe them when they say: || IT GETS BETTER || […]
Vídeo e a letra completa aqui.
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Como é que eu cheguei aqui? Parte do meu trabalho implica actualizar-me em matérias de cultura popular e alternativa. Tenho andado a ver, com calma, a surpreendente lista de vídeos do YouTube no Zeitgeist 2010 da Google (Zeitgeist 2010: How the world searched). Foi aí que fiquei a conhecer a campanha It Gets Better. O vídeo que me levou a conhecer o projecto está no cronograma (timeline) dessa lista (The Moments that Defined YouTube in 2010), no final de Setembro. Vale muito a pena vê-lo também.
Vídeo e a letra completa aqui.
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Como é que eu cheguei aqui? Parte do meu trabalho implica actualizar-me em matérias de cultura popular e alternativa. Tenho andado a ver, com calma, a surpreendente lista de vídeos do YouTube no Zeitgeist 2010 da Google (Zeitgeist 2010: How the world searched). Foi aí que fiquei a conhecer a campanha It Gets Better. O vídeo que me levou a conhecer o projecto está no cronograma (timeline) dessa lista (The Moments that Defined YouTube in 2010), no final de Setembro. Vale muito a pena vê-lo também.
1 comentário:
Adorei o vídeo! Mas que fique registado, há sítios onde se usam gaitas-de-foles nos funerais. :P
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