Numa altura em que o casamento e o seu alargamento a casais do mesmo sexo está na ordem do dia, dou por mim a pensar porque é que as pessoas ainda se casam. Pessoalmente não tenho nenhuma vontade de promover uma cerimónia que oficialize qualquer uma das minhas relações. Não quero casar, creio que nunca quis, e agradeço que não me convidem para casamentos.
No entanto, é para mim claríssimo que quem o queira fazer deve ter essa liberdade. E só alguém com grandes palas nos olhos consegue acreditar que a homossexualidade tem alguma coisa a ver com a capacidade ou não de formar uma família funcional. Mas toda esta discussão sobre o casamento me parece sempre limitada, truncada, abafada pela polémica homo, que não é mais que uma falsa questão, já desde os gregos, ou desde que saímos da fase de ameba.
Mais do que discutir o sexo dos anjos casadoiros, interessar-me-ia discutir o próprio conceito de família. E dentro dessa linha discutir problemas pragmáticos e prementes, como a relação do Estado com a família, e consequentemente a grande injustiça que subsiste na diferença de tratamento entre pessoas casadas e “os outros”.
Nos Estados Unidos existe uma organização cujo trabalho se centra precisamente em combater estas injustiças. No site da Alternatives to Marriage Project, o poliamor surge na lista de “maneiras de ser não-casado”, na qual se incluem também outras alternativas importantes.
A associação promove acções em torno de assuntos como cuidados de saúde, segurança social, impostos, habitação, adopção e imigração. Todas elas ligadas aos direitos básicos de qualquer cidadão, atropelados diariamente por um Estado que se diz laico, mas cujas leis seguem uma definição muito própria e limitada do que é uma família.
É bem verdade que já temos uniões de facto, que eu própria usufruo de um belo seguro de saúde pago pela empresa onde o meu “unido” trabalha, mas não me agrada que haja regras específicas quanto à quantidade e qualidade dessas uniões. Que se criem outras regras, que se pague um extra por cada pessoa que usufrui de um determinado benefício, … Arranjem-se como entenderem, mas não me digam com quem, nem com quantos, é que posso formar uma família.
Mais do que discutir o sexo dos anjos casadoiros, interessar-me-ia discutir o próprio conceito de família. E dentro dessa linha discutir problemas pragmáticos e prementes, como a relação do Estado com a família, e consequentemente a grande injustiça que subsiste na diferença de tratamento entre pessoas casadas e “os outros”.
Nos Estados Unidos existe uma organização cujo trabalho se centra precisamente em combater estas injustiças. No site da Alternatives to Marriage Project, o poliamor surge na lista de “maneiras de ser não-casado”, na qual se incluem também outras alternativas importantes.
A associação promove acções em torno de assuntos como cuidados de saúde, segurança social, impostos, habitação, adopção e imigração. Todas elas ligadas aos direitos básicos de qualquer cidadão, atropelados diariamente por um Estado que se diz laico, mas cujas leis seguem uma definição muito própria e limitada do que é uma família.
É bem verdade que já temos uniões de facto, que eu própria usufruo de um belo seguro de saúde pago pela empresa onde o meu “unido” trabalha, mas não me agrada que haja regras específicas quanto à quantidade e qualidade dessas uniões. Que se criem outras regras, que se pague um extra por cada pessoa que usufrui de um determinado benefício, … Arranjem-se como entenderem, mas não me digam com quem, nem com quantos, é que posso formar uma família.
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