domingo, 18 de outubro de 2009

Introdução ao Poliamor (II)

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«Isto é preciso, mesmo para quem não está a pensar ir para a universidade?»

Loving More é o nome de uma organização americana que promove conferências e várias actividades relacionadas com não-monogamia responsável. É uma das mais importantes fontes de apoio, informação e difusão do poliamor nos EUA (senão mesmo a nº 1, como afirmam). Os principais meios de divulgação da Loving More são uma revista com o mesmo nome e o site lovemore.com.

Já aqui publicámos uma tradução do início das FAQ de Franklin Veaux. Está na altura de fazer o mesmo com as FAQ do Loving More (saltando desta vez a primeira pergunta, «O que é o poliamor?»):

Qual é a ideia do poliamor? Sexo com uma data de gente?
Não exactamente. A ideia é haver amor, romance, intimidade e afecto com mais do que uma pessoa, abertamente e eticamente, com o acordo de todos os envolvidos. O poliamor tem a ver com sexo na mesma proporção em que uma relação amorosa qualquer tem a ver com sexo. Para alguns, o sexo é um ponto importante das relações. Para outros, o mais importante é uma ligação romântica e emocional ou espiritual. O termo «poliamoroso» quer dizer, de facto, que tudo gira em torno de relações amorosas.

Poliamor é uma palavra cara para traição?
Não. Traição implica deslealdade e violação de um acordo. O poliamor não se baseia no segredo mas sim na abertura, na comunicação, em agir com respeito e integridade, e na partilha do amor.
A maior parte das pessoas poly concorda em definir fronteiras com os seus parceiros — coisas que podem e não podem fazer — e em comunicar honestamente sobre aqueles e aquelas com quem estão envolvidas. Trata-se de honestidade, confiança e respeito.
Quando alguém trai um parceiro numa relação poliamorosa — o que às vezes acontece —, isso implica o mesmo tipo de violações de confiança e de contrato que podem surgir numa relação monogâmica, e as mesmas horríveis consequências.

Qual é a diferença entre poliamor e swinging?
O poliamor gira em torno de relações amorosas, com ênfase na ligação e na construção da relação. O swinging tem mais a ver com sexo como forma de diversão; envolve frequentemente um casal ir a um clube de swing ou a uma festa de swing com o objectivo de se envolverem com terceiros especificamente para relações sexuais.
Alguns swingers, no entanto, acabam por formar relações duradouras com outro casal com quem «swingam», da mesma forma que algumas pessoas poliamorosas gostam de ter sexo ocasional em festas de swing. As culturas poly e swing tendem a ser muito diferentes (e cada uma delas tem os seus próprios estereótipos em relação à outra) mas de facto há uma continuidade no espectro entre uma e outra, e muita gente situa-se alegremente algures pelo meio.

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