adoro os anúncios pessoais publicados pela revista maria e outras do tipo.
folheando a dita desta semana, encontrei vários, deliciosos, em que bons rapazes procuram raparigas honestas e trabalhadoras para constituir lar feliz, ou viúvas que querem voltar a encontrar a felicidade e para tal precisam de encontrar um cavalheiro sério.
e viver feliz para sempre também...
mas, continuando revista fora, nas páginas perto do fim, encontrei uma entrevista a leonor xavier. na entrevista, a propósito dos 80 anos de raúl solnado e da enésima edição da biografia que ela escreveu sobre seu namorado, um bocadinho da entrevista despertou-me a atenção.
a dada passagem, xavier é questionada sobre o tipo de relação que mantinha com solnado.
"não era um homem infiel!"... interessante, pensei.
"então como define a relação?", continua a entrevista. leonor xavier começa por dizer que o tinha conhecido em 1987, por ser vizinha da mãe de um dos filhos de solnado e que mal imaginava a ligação tão íntima e forte que viria a ter com ele.
pergunta seguinte: "mas ele era um conquistador?", ao que responde que ele era muito sedutor e que tinha namorado muito na vida... que tinha tido várias paixões, mulheres e aventuras.
prossegue a entrevista, questionando o efeito na sua vida amorosa. "a minha relação com ele nunca foi afectada por isso, porque não era um homem infiel. havia um acordo tácito e implícito entre nós", remata xavier.
ela conclui dizendo que tem muita saudade das conversas que mantinha com o seu companheiro, da sua espontaneidade e capacidade de improvisar.
eu fico contente pela capacidade de amar que estas duas pessoas conseguiram durante vinte anos.
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