fiquei chocado com as recentes notícias vindas do porto...
parece que não bastava a atitude anti (poli)amorosa da ilga, recente e passada, para agora termos @s jovens da rede ex aequo a exigirem que a palavra poliamor, assim como qualquer referência à não-monogamia, fossem riscados do manifesto da marcha do orgulho lgbt do porto (mop).
julgo que o sérgio, no blog das panteras rosa, deu uma resposta cabal (talvez um pouco comprida sérgio!...), mas não queria deixar de dar aqui a minha pequena achega ao assunto.
pertencer-se a uma minoria não é fácil... sentimos isso na pele todos os dias quando decidimos assumir publicamente algo sobre nós que foge à regra geral e neste caso às regras do sistema monogâmico estabelecido. saímos do armário monogâmico e assumimo-lo com orgulho, da mesma forma que houve e há pessoas que diariamente saem do armário l, g, b ou t e assumem com orgulho a sua orientação ou condição sexual.
ser-se poliamoros@ não é exclusivo a um grupo de pessoas. é transversal e inclusivo. de nada importa se se é h ou l ou g ou b ou t ou nenhum ou um pouco de cada. a capacidade de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo é de todos. pode-se escolher não praticar, ok... mas não atirem pedras a quem o faz.
nas relações monogâmicas é tudo rosas? quem acusa @s poliamoros@s de serem galdéri@s é assim tão puro?
na minha experiência de observar as relações mono, ressalvando que vou generalizar aqui, que é sempre perigoso, vejo muitas relações monogâmicas sequenciais que em muitos casos começam antes da anterior findar.
galderice? não sei, mas prefiro à minha maneira, obrigado.
se calhar seria muito proveitoso que @s jovens da rede, bem como os menos jovens da ilga, fizessem um profunda reflexão sobre as suas posições monogâmicas e, tenho que dizê-lo, a sua polyfobia.
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