segunda-feira, 21 de junho de 2010

Só eu sei porque fico em casa

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Berlim não tem um CSD (Marcha do Orgulho) mas até tem dois. Ontem foi o "grande", com 10.000 pessoas e com o tema "Normal é outra coisa". O "pequeno", alternativo, e mais centrado em temas mal amados como identidades trans ou minorias migrantes e/ou étnicas dentro da comunidade LGBT, é daqui a uma semana (http://transgenialercsd.wordpress.com).

Não há amor a camisola nenhuma que me tirasse ontem de casa. Não saio à rua para festejar nem manifestar-me pelo casamento gay, ou por temas de luxo para uma camada gay que não é queer e que passa a ferro problemas bastante prementes. Só eu sei porque fico em casa.

Judith Butler recusou ontem o prémio da coragem cívica que lhe foi atribuído pela organização do CSD. Alegou que o CSD "grande" se tornou um evento comercial, que ignora assuntos como identidades trans, que não aborda nem defende os direitos de queers migrantes ou minoritários.
Mais do mesmo:
http://www.catch-fire.com/2010/06/good-job-judith-butler-turns-down-gay-pride-award

Fica a questão, pertinente também depois do Orgulho em Lisboa, de "a quem pertencem as marchas do orgulhos".

1 comentário:

Anónimo disse...

Pertencem a todos os tresmalhados das ordens normativas do género e dos relacionamentos. Por favor, mais "dividir para reinar" não.