Há pouco tempo, um amigo meu contou-me que tinha acabado uma relação monogâmica de vários anos porque a namorada tinha começado a andar com outro e ele tinha descoberto. Confrontada, negou. A história do costume.
Hoje, no grupo Polyamory do Couchsurfing, uma couchsurfer belga sentiu necessidade de desabafar: acabou uma relação monogâmica de vários anos porque, apesar de o namorado saber que ela queria uma relação mais aberta, não suportou que ela tivesse dormido com outro e lhe tivesse contado. Nada de novo, infelizmente.
Os meus amigos situam-se quase sempre numa destas categorias em relação às minhas ideias poliamorosas:
— Admiro-te muito mas eu nunca conseguiria
— Admiro-te muito e gostava de tentar
— Tenho medo por ti, porque vais sofrer
— Gosto muito de ti mas quando é que te deixas de ideias malucas?
Os três primeiros podem estar, todos eles, a ver bem a questão (ou não, claro, mas isso aplica-se a qualquer interpretação). Quero eu dizer que os que têm medo por mim «porque vou sofrer» têm razão também.
«Vou sofrer» porque isso faz parte das relações humanas, e em especial das relações afectivas. Quase todas. Nesse sentido, os que me «admiram» talvez estejam simplesmente a dourar demasiado a pílula. Hei-de sofrer por momentos, sim: porque se vão descobrindo as pessoas lentamente e às vezes sai uma ficha que nos agrada menos; porque os ritmos dos enamoramentos não são iguais para os pares de envolvidos e muito menos para as constelações; porque não é invulgar transportar o stress de uma parte da vida para outra (incluindo as partes amorosas); porque com o aumento de à-vontade numa relação diminui-se o tempo para pensar no que se diz antes de o dizer (com todas as boas e más consequências que isso acarreta); e por tantas outras razões.
Isto é assim numa relação monogâmica ou numa relação poliamorosa. E cada um dos modos de pensar tem vantagens e desvantagens. Eu pesei os prós e os contras há mais de trinta anos. E nunca mais deixei de os pesar com novos dados que a vida tem vindo a fornecer-me. E continuo sem dúvida alguma do que quero para mim.
Hoje, no grupo Polyamory do Couchsurfing, uma couchsurfer belga sentiu necessidade de desabafar: acabou uma relação monogâmica de vários anos porque, apesar de o namorado saber que ela queria uma relação mais aberta, não suportou que ela tivesse dormido com outro e lhe tivesse contado. Nada de novo, infelizmente.
Os meus amigos situam-se quase sempre numa destas categorias em relação às minhas ideias poliamorosas:
— Admiro-te muito mas eu nunca conseguiria
— Admiro-te muito e gostava de tentar
— Tenho medo por ti, porque vais sofrer
— Gosto muito de ti mas quando é que te deixas de ideias malucas?
Os três primeiros podem estar, todos eles, a ver bem a questão (ou não, claro, mas isso aplica-se a qualquer interpretação). Quero eu dizer que os que têm medo por mim «porque vou sofrer» têm razão também.
«Vou sofrer» porque isso faz parte das relações humanas, e em especial das relações afectivas. Quase todas. Nesse sentido, os que me «admiram» talvez estejam simplesmente a dourar demasiado a pílula. Hei-de sofrer por momentos, sim: porque se vão descobrindo as pessoas lentamente e às vezes sai uma ficha que nos agrada menos; porque os ritmos dos enamoramentos não são iguais para os pares de envolvidos e muito menos para as constelações; porque não é invulgar transportar o stress de uma parte da vida para outra (incluindo as partes amorosas); porque com o aumento de à-vontade numa relação diminui-se o tempo para pensar no que se diz antes de o dizer (com todas as boas e más consequências que isso acarreta); e por tantas outras razões.
Isto é assim numa relação monogâmica ou numa relação poliamorosa. E cada um dos modos de pensar tem vantagens e desvantagens. Eu pesei os prós e os contras há mais de trinta anos. E nunca mais deixei de os pesar com novos dados que a vida tem vindo a fornecer-me. E continuo sem dúvida alguma do que quero para mim.
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