O autor consegue a proeza irrepetível de escrever contra tudo aquilo em que acredito: o poliamor, o combate ao tabu da monogamia, a não-exclusividade, o direito à igualdade, o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, a equiparação do casamento a uniões entre mais do que duas pessoas, o Estado-providência e, por fim, o desafio a esse manual de maus costumes que é a Bíblia. E, no entanto, fá-lo usando um único recurso estilístico: a ironia. Por definição, a ironia é a expressão de uma intenção ou significado usando expressões que normalmente significam o exacto oposto. A luminária que assina este artiguelho (vêem? também sei: "luminária" é ironia; já "artiguelho" não é) — esse bota-de-elástico, dizia eu, usa e abusa das aspas para marcar a ironia.
E o que há de extraordinário em tal artigo? É que, precisamente graças à sua pobreza estilística, basta tirar as aspas para ser um texto que eu assinaria por baixo na totalidade. É isso: tirem as aspas e vão ver se o velho não tem razão. Vá lá: tirem as aspas e, no penúltimo parágrafo, a palavra «má». E, pronto, mudem o título para Poliamor sem hesitações.
Ora então é clicar e alegrar, rapaziada: Poligamia sem hesitações - JN.










Os últimos dias têm sido de 
Às vezes tenho uns ataques agudos de “
há uns meses uma amiga de uma amiga teve uma rapidinha com um tipo que conheceu na rede... num sítio para swingers. diz ela que até não foi mau, mas... o gajo era casado. ok, era um sítio para swingers e é normal ser-se casado, só que o rapaz estava lá como single! se calhar é só ele, digo eu na minha ingenuidade.
Numa altura em que o casamento e o seu alargamento a casais do mesmo sexo está na ordem do dia, dou por mim a pensar porque é que as pessoas ainda se casam. Pessoalmente não tenho nenhuma vontade de promover uma cerimónia que oficialize qualquer uma das minhas relações. Não quero casar, creio que nunca quis, e agradeço que não me convidem para casamentos.